domingo, 28 de setembro de 2014

Dentes Inclusos: Terceiros Molares Inferiores

Definição: é todo dente, que chegada a sua época normal de erupção não irrompeu na cavidade oral.
Classificação:
  • Fisiológica: É quando o dente encontra-se incluso, porém dentro de sua época normal de irrompimento.
  • Patológica: É quando um dente encontra-se incluso após passados 12 meses de sua época normal de irrompimento.
Generalidades:
  • Os terceiros molares, apresentam uma grande variedade de situações e condições, o que dificulta estabelecermos uma técnica padrão isto é uma técnica cirúrgica uniforme para todos os casos. Porém os princípios em que se baseiam as intervenções são idênticas em todos os casos: Incisão da mucosa, osteotomia ( Trepanação óssea ).
Fatores que orientam a intervenção:
  • Posição da coroa.
  • Desenvolvimento e posição da raiz.
  • Natureza e quantidade de tecido ósseo que rodeia o dente.
  • Relação entre o terceiro molar inferior incluso e o segundo molar irrompido.
Princípios básicos das cirurgias de dentes inclusos:
  • Menor traumatismo possível.
  • Trabalhar pela via de menor resistência.
  • Controle das forças empregadas.
Necessidade e oportunidade da extração:
Graziani: Todo dente incluso deve ser extraido, pois ele é um cisto em potencial.
Mead: Todo dente incluso deve ser extraido, desde que os benefícios sejam maiores que os malefícios.
Exame clínico: Este deve ser minucioso, iniciando-se pelos lábios e termi-nando pelos dentes. É atravéz deste minucioso exame clínico que iremos detectar a presença de uma pericoronarite de lesões benígnas e de lesões hiperplásicas.
Exame radiográfico: Este é imprescindível. Ele nos dará todos os dados exigidos para planejamento e execução da operação (cirúrgica) do dente incluso.
Localização topográfica:
Consiste em aliar-se a um cuidadoso exame clínico, através de três ou mais radiografias que irão situar o dente incluso em relação a três dimensões de volume: altura, largura e comprimento.
  • Tipos de radiografias empregadas:
  • A)Periapical:
    • Nos dará uma visão ântero-posterior,
    • Relação dos dentes no sentido transversal.
    • fornece elementos úteis na condução da técnica a ser seguida.
    • Conhecimento da forma e posição do dente.
    B)Oclusal:
    Técnica de Donavam. É realizada com radiografias periapicais. A incidência do raio central deverá ser perpendicular a película e paralelo ao longo eixo dos dentes.
    C)Perfil:
    Esta nos orientará quanto a altura do dente incluso, suas relações e variações no sentido vertical e localização no sentido horizontal, suas relações com dentes e estruturas adjacentes.
    D)Panorâmica:
    É muito importante, pois nos dará uma visão total do dente incluso e de suas relações com o segundo molar irrompido e estruturas adjacentes.
    Indicações:
    • Falta de espaço.
    • Má posição do incluso ( sem pos-sibilidade de correção ).
    • pericoronarites recorrentes.
    • reabsorções ou cáries ( no 2º m.i. irrompido ).
    • Indicações protéticas ou ortodônticas.
    • Pocessos patológicos ( Trismo, abscesso, cisto dentígero, etc ).
    • Sintomas de etiologia indeterminadas ( dor na atm, na cabeça, etc ).
    Contra-indicações:
    • Má condição geral do paciente.
    • Iatrogenias ( Ex.: acidentes anatômicos importantes ).
    • Possibilidade de tratamento conservador.
    • Pacientes idosos.
    • Extrações precoces.
    • Processos infecciosos agudos.
    Planejamento:
    Este depende dos exames clínicos e radiográficos (minuciosos).
    No exame clínico ( Visual e digital ) cuidadoso iremos:
    • Verificar os tecidos moles e duros que rodeiam o sítio da intervenção.
    No estudo radiográfico cuidadoso iremos:
    • Determinar ( verificar ) se as radiografias mostram o tamanho exato e completo e a forma do dente ( da coroa, o número, o tamanho e a forma das raízes com os dentes adjacentes ou estruturas vitais.
    • A relação vestíbulo lingual do dente atravéz do estudo da radiografia oclusal.
    • A posição das raízes em relação ao canal mandibular.
    No planejamento devemos:
    Decidir se o dente incluso será extraido por:
    • Odonto-secção.
    • Osteotomia.
    • Osteotomia mais odonto-secção.
    • Estimar a quantidade de de tecido ósseo que pode ser removido para proporcionar uma exposição e criar um espaço adequado para extração do dente incluso.
    • Determinar o melhor metodo e os melhores instrumentos para a eliminação do osso:
    • Através de brocas ( somente em alta ou baixa rotação ).
    • Através de cinzel e martelo.
    • Broca, cinzel e martelo.
    • Remoção de tecido ósseo mais odonto-secção.
    • Determinar a melhor direção e os intrumentos necessários para elevar o dente incluso com o mínimo trauma.
    Fatores que complicam a técnica operatória.
    • Curvatura anormal das raízes.
    • Hipercementose.
    • Proximidade com o canal mandibular.
    • Grande densidade óssea (idosos).
    • Espaço folicular coberto de osso ( em pacientes com mais de 25 anos ).
    • Dentes inclusos ( coroas ) com reabsorções em idosos, o que leva a uma anquilose ( união entre dente e osso ).
    • Músculo orbicular pequeno.
    • Imcapacidade de abrir a boca.
    • Língua grande incontrolável.
    Classificação de Winter:

    Baseia-se na posição do longo eixo do 2º molar inferior irrompido em relação ao longo eixo do 3º molar inferior incluso (Fig.1).
    Classe I – Vertical


    Classe V - Invertido




    Classe VIII - Exepcionais


    Classe II – Horizontal


    Classe IV - Disto-Angular


    Classe III - Mésio-Angular


    Classe VI - Vestíbulo-Angular
     
    Classificação de Pell e Gregory:
    • Baseia-se na na relação do dente ( 3º m.i. incluso ) com o ramo ascendente da mandíbula e a distal do 2º molar inferior irrompido.
    • Quanto a profundidade relativa do 3º m.i. incluso no osso.
    • Quanto a relação do 3º m.i. incluso com o arco dental.
    Com relação do 3º m.i. incluso com o ramo ascendente da mandíbula e a distal do 2º m.i. irrompido a classificação é a seguinte (Fig.1):
    • Classe I
    • Classe II
    • Classe III
    • Classe I: Há espaço suficiente entre o ramo ascendente da mandíbuila e o segundo molar para acomodação do 3º molar (incluso) (Fig.2).
    • Classe II: Há pouco espaço, isto é, o espaço entre o ramo ascendente e a distal do segundo molar é menor que o diâmetro mesio-distal do 3º m.i. incluso (Fig.2).
    • Classe III: Não há espaço, isto é, o 3º m.i. está quase que ou totalmente incluso no ramo ascendente da mandíbula (Fig.2).
                            Classe I________Classe II________Classe III
    Quanto a profundidade relativa do 3º m.i. incluso no osso (Fig.3).
    • Posição A.
    • Posição B.
    • Posição C.
    • Posição A: Posição mais alta do dente incluso encontra-se acima do plano oclusal ou na mesma linha do segundo molar.
    • Posição B: Posição mais alta do dente incluso encontra-se abaixo do plano oclusal e acima da linha cervical do segundo molar inferior.
    • Posição C: A posição mais alta do dente incluso encontra-se abaixo da linha cervical do segundo molar

                                               Posição A
                                                   Posição B

                                         Posição CTécnica Cirúrgica:
    1-Incisão: Dentados
    • Winter
    • Angulada
    • Centeno
    • Incisão:Desdentados
    • Linear sobre orebordo
    2-Descolamento do ratalho
  • 3-Osteotomia
  • Brocas (Esf. e t. cônicas)
  • Cinzel e martelo
  • Brocas, Cinzel e martelo
  • 4-Tecnica Cirúrgica:
    • Operação propriamente dita com ou sem odontosecção.
    • Tratamento da cavidade óssea.
    • Sutura.
    5-Pós operatório:
    • Instruções ao paciente.
    • Medicação.
    • Curativos e observações.
    • Remoção de suturas após 7º ou 8º dia.
    • Alta para o paciente.
    Referência retirado do http://www.angelfire.com/nm/cirurgia/3molares/3molares.html

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