quarta-feira, 30 de abril de 2025

5 Temas que mais caem nas provas de odontologia (e como estudar para cada um).

 

Prepare-se com foco e estratégia! Veja os conteúdos que mais aparecem nas provas teóricas e objetivas durante a graduação e em concursos públicos para dentistas.


Se você está se preparando para uma prova na faculdade de Odontologia ou até mesmo para um concurso público, este post vai te ajudar! Existem certos temas que são quase garantidos nas avaliações – e o segredo para um bom desempenho é estudar com estratégia.


A seguir, você confere os 5 assuntos que mais caem em provas de Odonto, com dicas de estudo e materiais complementares para cada um.



1. Anatomia Dental e Morfologia



Por que cai tanto?

É a base da clínica odontológica! Entender a morfologia dos dentes é essencial para identificar estruturas, planejar restaurações e reconhecer patologias.


Como estudar:


  • Faça desenhos à mão para fixar formas e faces dentárias.
  • Use modelos de resina ou 3D para estudar de forma prática.
  • Resolva questões com imagens para treinar o raciocínio visual.



Bônus: Use apps de anatomia 3D como o Tooth Atlas ou o Complete Anatomy com o módulo odontológico.

2. Cariologia e Diagnóstico de Cárie



Por que cai tanto?

Todo profissional precisa saber identificar e manejar lesões cariosas – e isso começa no estudo da etiologia e da classificação das cáries.


Como estudar:


  • Compare as classificações de cárie ativa/inativa (ICCMS, Nyvad).
  • Estude o biofilme, pH e o ciclo de desmineralização/remineralização.
  • Resolva estudos de caso com imagens clínicas e radiográficas.



Dica rápida: Reforce os fatores de risco e os mecanismos preventivos (fluoreto, selantes, dieta).

3. Periodontia e Saúde Bucal Coletiva



Por que cai tanto?

Tanto em concursos do SUS quanto na graduação, a relação entre gengivite, periodontite e saúde pública é um tema clássico.


Como estudar:


  • Decore as fases da periodontite e os principais instrumentos de raspagem.
  • Estude indicadores epidemiológicos (CPITN, PSR).
  • Leia as diretrizes do SUS para atenção em saúde bucal.



Dica bônus: Entenda o papel da Equipe de Saúde Bucal na ESF e como ela atua na prevenção.


4. Farmacologia Aplicada à Odontologia



Por que cai tanto?

A prescrição correta de antibióticos, anestésicos e analgésicos é cobrada em quase todas as provas e está diretamente ligada à prática clínica.


Como estudar:


  • Monte resumos de classes de medicamentos com exemplos específicos para uso odontológico.
  • Faça mapas mentais de interações medicamentosas importantes.
  • Estude os protocolos de urgência, como em reações alérgicas à anestesia.



5. Ética, Bioética e Legislação Odontológica



Por que cai tanto?

É uma exigência tanto nos cursos como nas provas de concursos, já que envolve o exercício profissional, responsabilidade civil e ética com o paciente.


Como estudar:


  • Leia o Código de Ética Odontológica atualizado.
  • Resolva questões baseadas em dilemas éticos clínicos.
  • Estude as competências do CFO e dos CROs.



Fica a dica: Casos clínicos com dilemas éticos são muito explorados em provas discursivas e TCCs.





Conclusão: Estude com inteligência



Não adianta querer estudar tudo de uma vez! Foque nos assuntos que mais caem e use estratégias ativas, como resumos, flashcards e questões anteriores. Este blog estará sempre aqui para te ajudar a se organizar e se manter atualizado(a)!


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sexta-feira, 18 de abril de 2025

Quando a corda arrebenta do lado mais ético

Viver de forma ética, ser leal aos próprios princípios e ainda assim ser punido por isso. Essa é a realidade de muitos profissionais de saúde que, além de enfrentarem jornadas exaustivas e estruturas fragilizadas, ainda lidam com o peso da instabilidade política. E mais grave: com perseguições veladas (ou nem tão veladas) quando ousam se posicionar.


Nos últimos anos, acompanhei de perto situações que me deixaram profundamente desanimada com os rumos de determinadas gestões públicas. Uma delas, inclusive, me fez perder o emprego. Não por incompetência, não por negligência, mas por ter externado apoio a um político diferente do apoiado pela atual gestão. 

E, como tantos, fui silenciada sem aviso — punida pela liberdade de pensar e de falar.


Recentemente, revi esse mesmo filme, dessa vez com alguém que admiro e conheço o caráter. Uma profissional com longa trajetória, de competência reconhecida, que sempre assumiu posições firmes, sim — mas em defesa da saúde pública, dos trabalhadores e dos princípios éticos. Alguém que contribuiu com ideias, planos, tempo e energia para construir uma gestão melhor. E que, ao defender colegas e expor falhas públicas, foi deixada de lado, atacada, e agora carrega, injustamente, o peso de uma crise que não provocou.


A política, infelizmente, ainda é usada como instrumento de retaliação. E quando isso acontece no serviço público, quem perde não é apenas o profissional atingido. Quem perde é a população. Porque bons gestores, bons médicos, bons enfermeiros, bons líderes — não são descartáveis. Não deveriam ser.


Este texto não é para gerar polêmica, nem para acusar. É um grito abafado de alguém que já viu a corda arrebentar, e quase sempre do lado mais ético. É uma tentativa de mostrar que há uma maneira digna de resistir, mesmo no silêncio, mesmo sem manchetes. É uma forma de dizer: eu vi. Eu sei. E eu não me calo por completo.


Porque a justiça tarda, mas a verdade encontra o seu caminho.


Texto: Kelly Cabral dos Santos


sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

A Hipocrisia Social e a Falta de Empatia – Reflexões sobre o Caso do Avião


No recente episódio envolvendo a poltrona de um avião, a sociedade foi mais uma vez exposta às suas contradições. O caso, amplamente divulgado, gerou debates acalorados e opiniões polarizadas, mas também trouxe à tona reflexões importantes sobre empatia, julgamento e convivência social.


Primeiramente, vale lembrar que os fatos nem sempre importam tanto quanto a narrativa que criamos sobre eles. A história tem dois lados, e, nesse caso, parece que nem foi a mãe da criança quem gravou o vídeo. Apesar disso, a exposição pública tomou proporções desmedidas, transformando um momento de tensão em palco para críticas, julgamentos e até a exaltação de posturas questionáveis.


A moça que se recusou a ceder o assento foi acusada de falta de empatia, mas é importante questionar: por que ela deveria ser obrigada a ceder? Empatia é uma via de mão dupla, e a mãe, por sua vez, também poderia ter se posicionado de forma mais assertiva. O que vimos foi um ambiente em que ninguém parecia realmente interessado em ajudar. Pelo contrário, passageiros instigaram o conflito, alguns aplaudindo e ofendendo a moça, enquanto outros gravavam na esperança de “lacrar” nas redes sociais.


Esse episódio mostra como, frequentemente, a sociedade escolhe julgar e polarizar em vez de entender e colaborar. A gravação, aparentemente feita para condenar a moça, acabou promovendo outra narrativa: a de alguém que soube dizer “não”, defender seus direitos e manter a calma, mesmo sob pressão. Muitos passaram a vê-la como exemplo de firmeza e autocontrole, o oposto do que a autora do vídeo provavelmente pretendia.


Além disso, a confusão sobre quem gravou o vídeo – inicialmente atribuída à mãe da criança – alimentou ainda mais a hipocrisia social. A moça que filmou, ao invés de realmente buscar ajudar a resolver a situação, parece ter optado por expor, julgando que a internet apoiaria sua visão. No entanto, a repercussão mostrou algo diferente: o público se dividiu, muitos questionaram suas intenções e a hipocrisia ficou evidente. Será que ela realmente queria ajudar ou apenas alimentar a falsa demagogia de bondade e empatia?


Este caso nos obriga a refletir sobre a nossa sociedade. Vivemos tempos em que a exposição pública e o julgamento rápido parecem ser a norma. Mas isso não é novidade. Desde sempre, a hipocrisia social se manifesta, e o discurso de empatia muitas vezes não vai além das palavras. Estamos mais preocupados em criar vilões e heróis instantâneos do que em entender contextos ou promover soluções reais.


A lição aqui não está em defender um lado, mas em repensar nossas ações e reações diante de conflitos. Será que estamos realmente dispostos a agir com empatia? Ou preferimos o conforto de criticar de longe? Mais do que isso, será que estamos prontos para ouvir os dois lados antes de julgar?


No final, esse episódio nos lembra que a sociedade é reflexo de suas escolhas. Cabe a nós decidir: continuaremos incentivando o julgamento apressado e a exposição pública como solução para conflitos? Ou buscaremos um caminho mais humano, que valorize o diálogo, a colaboração e a verdadeira empatia?


sexta-feira, 22 de novembro de 2024

 Tipos de Creme Dental e Suas Indicações: Uma Revisão Baseada em Evidências Científicas


Os cremes dentais são produtos essenciais na higiene bucal, desempenhando um papel fundamental na prevenção de cáries, doenças periodontais, erosão dentária e sensibilidade dentinária. Cada tipo de creme dental é formulado com ingredientes específicos para atender diferentes necessidades. Este artigo revisa os principais tipos de cremes dentais e suas indicações, com base em estudos científicos.


1. Creme Dental Fluoretado


Composição e Ação:


O flúor é o principal ativo em cremes dentais convencionais, presente na forma de fluoreto de sódio (NaF), fluoreto de estanho (SnF₂) ou monofluorfosfato de sódio (MFP). Ele atua fortalecendo o esmalte dentário por meio da remineralização e inibindo a desmineralização causada por ácidos bacterianos.


Indicações:


Prevenção de cáries em crianças e adultos.

Pacientes com alto risco de cáries, como aqueles com xerostomia ou em tratamento ortodôntico.


Evidências Científicas:


De acordo com estudos, o uso diário de creme dental fluoretado reduz a incidência de cáries em até 25%. A concentração ideal para adultos é de 1.000 a 1.500 ppm de flúor, enquanto em crianças deve ser ajustada para evitar fluorose.


2. Creme Dental Antitártaro


Composição e Ação:


Esses cremes contêm pirofosfatos ou hexametafosfatos, que inibem a cristalização da placa em tártaro. Alguns produtos também incluem fluoreto de estanho, que combina ação antitártaro e propriedades antimicrobianas.


Indicações:


Pacientes com acúmulo frequente de cálculo dentário.

Prevenção de manchas superficiais nos dentes.


Evidências Científicas:


Segundo um estudo publicado no Journal of Clinical Periodontology, os cremes dentais com pirofosfatos reduzem em até 36% a formação de tártaro quando usados regularmente.


3. Creme Dental para Sensibilidade


Composição e Ação:


Cremes dentais dessensibilizantes contêm ativos como:

Nitrato de potássio: Reduz a excitabilidade das fibras nervosas dentinárias.

Fluoreto de estanho: Forma uma camada protetora sobre os túbulos dentinários.

Arginina: Auxilia no fechamento dos túbulos dentinários expostos.


Indicações:


Pacientes com sensibilidade dentinária devido à retração gengival, desgaste do esmalte ou erosão.

Uso pré e pós-tratamentos clareadores dentais.


Evidências Científicas:


Um estudo realizado por Markowitz (2020) mostrou que cremes com nitrato de potássio proporcionam alívio em até duas semanas de uso diário.


4. Creme Dental Antibacteriano


Composição e Ação:


Contém agentes antimicrobianos como triclosan, clorexidina ou fluoreto de estanho, que reduzem a quantidade de biofilme oral e combatem as bactérias causadoras de doenças periodontais.


Indicações:


Pacientes com gengivite ou periodontite.

Manutenção da saúde periodontal após raspagem e alisamento radicular.


Evidências Científicas:


De acordo com a American Dental Association (ADA), cremes com triclosan reduzem em até 22% os níveis de inflamação gengival após seis meses de uso.


5. Creme Dental Clareador


Composição e Ação:


Contêm abrasivos suaves (como sílica hidratada) ou peróxido de hidrogênio em baixas concentrações. Eles ajudam a remover manchas superficiais causadas por alimentos, bebidas e tabaco.


Indicações:


Pacientes com manchas extrínsecas leves nos dentes.

Manutenção dos resultados de clareamento profissional.


Evidências Científicas:


Estudos indicam que cremes clareadores não substituem tratamentos clínicos, mas são eficazes na manutenção, reduzindo manchas em até 20%.


6. Creme Dental Natural ou Sem Flúor


Composição e Ação:


Formulados com ingredientes naturais, como óleos essenciais (melaleuca, neem), carvão ativado e extratos vegetais. Alguns são livres de flúor, triclosan e parabenos, sendo indicados para quem prefere alternativas menos químicas.


Indicações:


Pacientes com preferências por produtos naturais.

Uso complementar para quem não tem risco significativo de cáries.


Evidências Científicas:


Embora esses cremes sejam eficazes na remoção de biofilme, a ausência de flúor pode limitar a proteção contra cáries, conforme estudos da European Academy of Pediatric Dentistry.


Considerações Finais


A escolha do creme dental deve ser baseada nas necessidades individuais de cada paciente. O dentista desempenha um papel crucial na orientação do produto mais adequado, considerando fatores como idade, risco de cáries, presença de sensibilidade ou condições periodontais.


Estudos científicos comprovam que o uso correto e regular de cremes dentais, associado a uma técnica de escovação eficaz, é essencial para a saúde bucal. Com a diversidade de opções disponíveis no mercado, é possível atender às demandas específicas de cada paciente, promovendo uma abordagem personalizada e baseada em evidências.


Referências


1. Markowitz, K. “Efficacy of Potassium Nitrate Toothpaste for Dentin Hypersensitivity: A Review.” Journal of Dental Research, 2020.

2. American Dental Association (ADA). “Clinical Guidelines for Toothpaste Selection.”

3. European Academy of Pediatric Dentistry. “Recommendations on Fluoridated Toothpaste Use.”

4. Journal of Clinical Periodontology. “The Role of Antitartar Toothpaste in Oral Hygiene.”


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