Primeiro molar superior (16 ou 26): a coroa do primeiro molar é da mesma altura da coroa dos pré-molares do mesmo arco, mas é duas vezes mais larga.
Face vestibular: seu contorno é trapezoidal de grande base oclusal. Os lados mesial e distal do trapézio convergem a partir das áreas de contato em direção cervical. A área de contato mesial fica entre os terços médio e oclusal e a distal no terço médio. Conseqüentemente, a borda mesial é mais alta, alem de ser mais reta, menos convexa.
Face lingual: sua silhueta é a mesma da vestibular, com a diferença de que é maior. Contrariando a regra geral, o primeiro molar superior tem a face lingual da coroa mais larga que a vestibular.
Faces de contato: são retangulares; mais largas vestíbulo-lingualmente do que altas cérvico-oclusalmente. A face distal é convexa e a mesial achatada, quase plana. A face mesial é maior em todas as dimensões e isto permite que, em uma vista distal, o contorno da face mesial seja distinguido. As bordas vestibular e lingual convergem para a oclusal.
Face oclusal: seu contorno é losângico; os ângulos agudos são o mésio-vestibular e disto-lingual, e os ângulos obtusos são o mésio-lingual e o disto-vestibular. Desta maneira, a longa diagonal estende-se de mésio-vestibular a disto-lingual e a curta, de mésio-lingual a disto-vestibular.
Raiz: as raízes vestibulares são achatadas mésio-distalmente e a raiz mésio-vestibular é bem mais larga do que a disto-vestibular. Elas divergem muito pouco do eixo do dente e são mais ou menos paralelas entre si. O terço apical dessas raízes muitas vezes se curva um em direção ao outro, outras vezes ambos se desviam um pouco para a distal.
As três raízes não se fusionam. Estão sempre bem separadas um das outras.
Segundo molar superior(17 ou 27): é menor que o primeiro molar em todas as dimensões. Quando visto por vestibular, nota-se que a cúspide disto- vestibular é muito menor do que a mésio-vestibular; no primeiro molar ela é apenas menor. A grande diferença de tamanho faz com que a borda oclusal se incline cervicalmente de mesial para distal. O sulco que separa essas cúspides é menor e raramente termina em fosseta.
Face lingual: a cúspide disto-lingual é mais reduzida em tamanho do que aquela do primeiro molar. Esta redução pode ser muito grande e não raramente há completo desaparecimento dela. O sulco lingual, que separa as cúspides linguais, é mais curto e menos profundo. Não há tubérculo de Carabelli.
Faces de contato: são basicamente da mesma forma encontrada no primeiro molar, com a diferença de que não há tubérculo de Carabelli presente.
Face oclusal: comparando-se com o primeiro molar, nota-se na face oclusal sensível modificação ditada pelo contorno: por ser a cúspide disto-lingual bem menor, a borda lingual desta face é menor que a borda vestibular. Portanto, as bordas mesial e distal convergem para a lingual e não para a vestibular. Nos casos em que falta a cúspide disto-lingual, a convergência é muito mais acentuada e a face oclusal passa a ter um contorno triangular.
Raiz: as três raízes são um pouco menores, mais curtas e menos divergentes do que as do primeiro molar. As raízes vestibulares são paralelas, muito próximas, e se inclinam para a distal. Coalescência de duas raízes não é incomum, principalmente da mésio-vestibular com a lingual.
Terceiro molar superior(18 ou 28): este dente tem aspectos morfológicos muito variáveis, mais do que qualquer outro dente. As modificações geralmente levam a uma simplificação na coroa e na raiz, pela diminuição do número de cúspides e raízes. No todo, é o menor dos molares.
A forma da coroa lembra aquela do segundo molar tricuspidado, com a face oclusal de contorno triangular. Quando a cúspide disto-lingual está presente, é muito pequenas. Sua face oclusal costuma ser caracterizada por numerosos sulcos secundários, que lhe dão uma aparência enrugada.
As formas do terceiro molar superior são tão variáveis que em alguns exemplares é difícil identificar exatamente as suas cúspides. Algumas vezes, a complexidade da morfologia reside no aumento do número de cúspides e no confuso sistema de sulcos. Há casos de uma simplificação tão acentuada que a coroa fica reduzida a um pequeno cone.
As raízes são as mesmas em número e em situação, como nos outros molares superiores. Ainda que possam se apresentar separadas, é muito comum a coalescência de duas raízes ou mesmo das três, formando, nesse caso, uma massa única que se afila em direção apical. Evidencias dessas coalescencias estão presentes em forma de sulcos longitudinais.
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