Esmalte
Estrutura
Da mesma forma que uma parede é
formada por tijolos o esmalte dental é formado por prismas ou bastões. Na constituição do esmalte entram também
bainhas dos prismas e, em algumas regiões, uma substância interprismática
cimentante.
O prisma é o componente mineral
do esmalte e as demais formações são orgânicas.
Os prismas cobrem toda a
espessura do esmalte desde o limite com a dentina até a superfície coronária e
se dispões num trajeto oblíquo e ondulado de forma que o comprimento de um
prisma é maior que a distância do limite da dentina até a superfície.
Para que o leitor
Podemos na vertente dentária
considerar duas regiões: uma que forma a parede do sulco gengival (que é a fenda ou espaço em torno do dente, limitado
de um lado pela superfície dentária e do outro pelo epitélio que reveste a
margem livre da gengiva. O sulco gengival tem o formato em "V"); e
outra ligada ao dente, que forma o epitélio
juncional. Na figura ao lado temos: 1:
gengiva; 2: sulco gengival; 3: parede do sulco; 4: epitélio juncional.
A gengiva livre também é
responsável pela formação da papila
interdentária, a qual preenche o espaço entre dois dentes adjacentes. Na
região anterior tem a forma piramidal enquanto, entre os dentes posteriores,
possui em corte vestíbulo lingual a forma de uma tenda ou barraca, onde os
cantos lingual e vestibular são altos, enquanto que a porção central é côncava.
Esta depressão central encontra-se subjacente às superfícies de contato, é
denominada "col" (na figura ao lado p: papila; EJ: epitélio
juncional; A: dente anterior; B: dente jugal).
A figura ao lado representa a
sondagem do sulco gengival. Trata-se de um exame clínico de grande importância
diagnóstica. Se a profundidade ultrapassar os limites fisiológicos indica a
presença da ‘bolsa periodontal’. Se a mucosa não ficar branca (isquêmica) como
mostra a figura e sangrar é sinal de inflamação da gengiva (gengivite).
O epitélio é
estratificado pavimentoso queratinizado ou paraqueratinizado. A lâmina própria
apresenta altas papilas conjuntivas, elevando o epitélio cuja superfície é
granulada semelhante a casca de uma
laranja. Provavelmente são
adaptações funcionais aos impactos mecânicos. Este aspecto é de grande importância
sob o ponto de vista clínico, isto é, quando diante de um processo inflamatório os
pontilhados desaparecem por causa do edema. É uma expressão de
um comprometimento da gengiva aderida numa gengivite progressiva (figura ao
lado: A: gengiva livre; B: gengiva inserida; seta azul: junção muco-gengival).
É aceito que o diâmetro médio dos
prismas é de 4 micra (4 milésimos de milímetros), mas esta medida varia uma vez
que a superfície do esmalte junto à dentina é menor que no lado externo.
Embora muitas áreas do esmalte
humano parecem conter prismas envolvidos por bainhas dos prismas e separados
por uma substância interprismática, um modelo mais comum é um prisma em forma
de ‘buraco de fechadura’ quando
cortados longitudinalmente (figura ao lado).
A parte circular mais volumosa do
prisma é denominada ‘cabeça do prisma’
e a parte mais estreita, ‘cauda do prisma’.
As figuras abaixo mostram essas
imagens características ao microscópio eletrônico.
Acima: a figura 1 representa os prismas em corte
transversal e a figura 2. em corte
longitudinal; B representa a ‘cabeça
ou corpo’ dos prismas e A, a ‘cauda’
(confronte a figura 1 com o desenho
dos prismas mais acima).
DENTINA
Propriedades físicas
Nos dentes de indivíduos jovens,
a dentina tem uma cor amarelo-claro. Ao contrário do esmalte, que é muito
quebradiço, a dentina está sujeita a deformações leves. E é altamente elástica.
É algo m,ais dura que o osso, mas mais mole que o esmalte.
Propriedades químicas
A dentina consiste de 30% de
matéria orgânica e 70% de material inorgânico. A substância orgânica é
constituída fundamentalmente de fibras colágenas (um tipo de proteína fibrosa)
e mucopolissacarídeos. A porção mineralizada é composta de cristais de apatita
como no osso, cemento e esmalte. Cada cristal de hidroxiapatita é composta por
milhares de unidades. Cada unidade tem a fórmula química 3Ca3(PO4)2,Ca(OH)2.
Os cristais são descritos em forma de placas e muito menores do que os do
esmalte.
Estrutura
Apesar de ser menos resistente do
que o esmalte, a dentina tem a particularidade de ser mais desenvolvida porque
encontra-se na coroa e na raiz do dente, formando como que o fuste dentário
sobre o qual repousam o esmalte e o cemento.
Além do mais a dentina limita uma
cavidade onde se aloja a polpa dentária. Essa cavidade denomina-se cavidade
pulpar
ou dentária.
A figura ao lado mostra a
cavidade pulpar e é possível perceber que esta descreve quase que perfeitamente
a morfologia externa do dente.
As células que produzem a dentina
são denominadas odontoblastos e estão localizadas em torno da polpa junto à
parede de dentina em forma de paliçada como se fosse um epitélio. Estas células
emitem prolongamentos citoplasmáticos para dentro dos milhões de túbulos que
percorrem a dentina em toda a sua extensão e espessura.
A figura abaixo mostra uma fotografia da imagem microscópica da dentina costada transversalmente onde se pode notar a abundância dos túbulos dentinários onde a parte da direita representa a parte da esquerda em maior aumento.
A figura abaixo mostra uma fotografia da imagem microscópica da dentina costada transversalmente onde se pode notar a abundância dos túbulos dentinários onde a parte da direita representa a parte da esquerda em maior aumento.
Da superfície da cavidade pulpar até o esmalte (se for dentina coronária – que
forma a coroa) ou cemento (se for
dentina radicular – que forma a raiz) o trajeto dos túbulos dentinários é algo
curvo e lembra a forma de um S.
A relação entre as áreas de
superfície no lado externo e interno da dentina é cerca de 5:1. Conseqüentemente os túbulos estão mais separados nas camadas
periféricas e mais justapostos nas camadas mais internas.
Além disso eles são mais largos
perto da superfície pulpar (3 a 4 micra – milésimos de milímetro) e se tornam
mais estreitos em sua em suas extremidades externas (1 mícron). O número de
canalículos perto da cavidade pulpar da dentina é variável e está entre 30 000
e 75 000 por mm2. Há mais túbulos por unidade de área na coroa que
na raiz. Cada túbulo tem mais ou menos 1 mícron de diâmetro.
Dentro deste canalículos
encontra-se também prolongamentos de células nervosas o que explica a alta
sensibilidade da dentina.
possa fazer uma melhor idéia do
teor de substância orgânica na matriz dentinária a figura ao lado é a imagem ao
microscópio eletrônico de varredura de um corte transversal do canalículo e
mostra a disposição irregular das fibras colágenas calcificadas ao redor dos canalículos.
(aumento de 15 000 vezes).
POLPA
A cavidade dentária (pulpar),
com suas porções coronária e radicular, contém o tecido mole do dente, a polpa dentária. Ambas as porções da
cavidade pulpar são limitadas pela dentina, a qual vai, durante a evolulção
normal do dentes, determinar a diminuição progressiva desta parte cavitária do
dente.
Na figura acima, a parte escura interna ao dente tanto representa a cavidade pulpar como a polpa dentária. A parte desta cavidade que ocupa a coroa do dente é denominada câmara pulpar (ou coronária); e a parte que ocupa o interior das raízes, canal radicular. O canal radicular se abre na região do ápice da raiz através de um orifício chamado forâmem radicular, cujo diâmetro varia entre 0,3
a 0,4 mm . É pelo forâmem que entram, para dentro da cavidade pulpar, os vasos e
nervos que vão irrigar e enervar a polpa (figura ao lado).
Na figura acima, a parte escura interna ao dente tanto representa a cavidade pulpar como a polpa dentária. A parte desta cavidade que ocupa a coroa do dente é denominada câmara pulpar (ou coronária); e a parte que ocupa o interior das raízes, canal radicular. O canal radicular se abre na região do ápice da raiz através de um orifício chamado forâmem radicular, cujo diâmetro varia entre 0,3
O teto da câmara coronária corresponde à face oclusal dos pré-molares e
molares ou à borda incisal dos dentes anteriores. Esta parte caracteriza-se
pela presença de depressões que nos moldes surgem como elevações
correspondentes às cúspides ou às
bordas incisais. Cada prolongamento pulpar, ou corno pulpar, comunica-se
amplamente com a cavidade central; e acompanha (o corno pulpar) o maior ou
menor aguçamento da cúspide. Se há desgaste nas pontas das cúspides ou bordas
incisais, o mesmo acontece com as pontas dos cornos pulpares, devido à formação
de novas camadas de dentina destinadas a compensar o desgaste exterior. Os
cornos pulpares são tantos quanto as cúspides.
Evolução das cavidades pulpares
O tamanho da câmara pulpar e o calibre dos canais radiculares sofrem
influência da idade do dente, da sua atividade funcional e da sua história
clínica. A
deposição de dentina é contínua até o dente atingir o seu tamanho normal. Esta
recebe o nome de dentina primária.
Entretanto, devido aos fatores
apontados, decorrentes da própria evolução dos dentes e do indivíduo, novas
camadas de dentina são depositadas sobre a dentina primária, as quais podem ser
divididas em dentina secundária e dentina esclerosada.
A dentina secundária forma-se em
condições normais, constantemente, devido à atrição que as faces dentárias sofrem
na mastigação; ou então, em condições patológicas. Assim pode-se dividir a
dentina secundária em dois tipos:
a) dentina secundária fisiológica
b) dentina formativa ou reparadora
a) A dentina secundária fisiológica vai
se depositando sobre a dentina primária, quer na câmara coronária, quer no
canal radicular, acompanhando a evolução do dente e, ao mesmo tempo,
modificando o volume dessas cavidades. Esta
deposição dentinária serve para manter sempre uma certa distância entre a
superfície do dente e a polpa do órgão.
b) A dentina reparadora forma-se secundariamente a processos
patológicos que incidem sobre o dente, tais como erosão, cárie, briquismo
ou irritação por certas substâncias irritantes. Enquanto que a dentina reparadora
é semelhante à primária, esta é desorganizada.
A imagem abaixo realça estes dois
tipos de dentina.
Quer a neoformação dentinária se
faça fisiológica ou reparativamente, a tendência geral da câmara coronária é
reduzir-se a ponto de desaparecer completamente. Quando isso acontece o dente
permanece vitalizado somente graças aos tecidos vizinhos ao redor do dente
(periodonto).
c) A dentina esclerosada ou transparente
pode surgir em qualquer outro tipo de dentina e em qualquer parte do dente. Caracteriza-se
por ser translúcidas e apresentar alto grau de mineralização. Sendo
mais mineralizada que a dentina primária, a dentina esclerosada torna-se mais
transparente, à semelhança do esmalte. Ela é muito presente em lesões cariosas
ou erosões dentárias acentuadas, mas parece estar relacionada com a idade, pois
aparece mais em dentes de velhos. As setas vermelhas da figura ao lado mostram
como aparece a dentina esclerosada quando colocada em cima de uma grelha.
Normalmente as pessoas tem um
total de 52 órgãos pulpares, 32 nos dentes permanentes e 20 nos decíduos. Cada um destes órgãos tem,
evidentemente, uma forma que coincide com a cavidade pulpar. Eles tem numerosos
características morfológicas que são similares. O volume total de todos os órgãos
pulpares nos dentes permanentes é 0,38 cm3 e o volume médio de cada
polpa humana adulta é 0,02 cm3. As polpas dos molares são
três ou quatro vezes maiores que as dos incisivos. A figura abaixo representa a
morfologia das polpas dos dentes permanentes.
A polpa é um tecido mesenquimal
que contém, inclusive, células tronco e
é – a polpa - de grande potencialidade formadora de dentina. As
células que produzem a matriz dentinária são os odontoblastos cujos corpos
celulares estão na cavidade pulpar lado a lado forrando as paredes desta
cavidade. Embora o corpo celular esteja, portanto, dentro da cavidade
pulpar e, portanto, na polpa, estas células emitem prolongamentos
citoplasmáticos que adentram os canalículos dentinários. Portanto os odontoblastos estão
presentes na polpa (corpo) e na dentina (prolongamentos citoplasmáticos).
Entretanto lembremos que no dente
adulto essa capacidade de neoformação difere quando se considera a função
normal do dente (formando dentina primária) ou os processos patológicos que
podem afetar a superfície dentária (dentina secundária).
Estruturalmente, a polpa
caracteriza-se pela presença de tecido conjuntivo frouxo (que é um
tecido mole) rico em células onde se destacam os fibroblastos, vasos, nervos e os odontoblastos.
A polpa desempenha quatro funções
importantes: formadora de dentina, nutridora, sensorial e protetora.
A função nutridora toma-se
importante no dente adulto porque ela mantém os componentes orgânicos embebidos
em substâncias vitalizadoras, além de fornecer a nutrição indispensável à vida dos
odontoblastos.
A função sensorial corre
por conta de suas fibras sensitivas (fibras aferentes somáticas) que dão a sensibilidade
característica da polpa e da dentina, graças aos prolongamentos dos
odontoblastos. Ao lado destas fibras sensitivas, existem fibras motoras
(fibras eferentes viscerais) para a musculatura lisa dos vasos pulpares, controlando
o fluxo sangüíneo na cavidade dentária.
A função protetora evidencia-se
nos processos inflamatórios que atingem a polpa: formam-se exsudatos
que aumentam a pressão intradentária e, conseqüentemente, comprimem os filetes
nervosos, aparecendo o sintoma dor.
CEMENTO
O cemento é
o tecido dentário mineralizado que cobre as raízes anatômicas dos dentes
humanos. Começa na porção cervical do
dente, na junção cemento-esmalte, e se continua até o ápice. O cemento
fornece um meio para a inserção das fibras colágenas, que ligam o dente às
estruturas circundantes. É um tecido conjuntivo, especializado, que tem em
comum algumas características físicas, químicas e estruturais com o osso
compacto. Ao contrário do osso, entretanto, o cemento humano é avascular.
A dureza do cemento completamente mineralizado é menor do que a da
dentina. O cemento tem uma cor amarelo-clara,
e pode ser distinguido do esmalte por sua falta de brilho e seu tom mais
escuro. O cemento é ligeiramente mais claro do que a dentina. A diferença na
cor, entretanto, é pouca, e sob condições clínicas não é possível distinguir o
cemento da dentina, baseado somente na cor. Sob condições experimentais, o
cemento tem sido mostrado como sendo permeável a uma variedade de materiais.
Baseado no seu peso seco, o
cemento de dentes permanentes completamente formados contém cerca de 45 a 50% de
substâncias inorgânicas e 50 a 55% de material orgânico e água.
A porção inorgânica
consiste principalmente de cálcio e fosfato na forma de hidroxiapatita.
Numerosos traços de elementos são encontrados no cemento em quantidades
variáveis. É interessante notar que o
cemento, de todos os tecidos mineralizados, tem o mais alto conteúdo em
fluoretos.
A porção orgânica do
cemento consiste principalmente de colágeno e proteínas conjugadas a
polissacarídeos. Analises dos aminoácidos do colágeno obtido de cemento de
dentes humanos indicam intimas semelhanças aos do colágeno da dentina e osso
alveolar. A natureza química das proteínas conjugadas aos polissacarídeos ou
substancia fundamental do cemento é virtualmente desconhecida.
Ao microscópio distingue-se
duas porções no cemento: cemento celular e cemento
acelular. A diferença está em que na porção celular a matriz mineral
incorpora as suas células típicas – os cementócitos.
Na porção acelular os cementócitos permanecem no ligamento alvéolo-dentário
rente ao cemento.
O cemento é o tecido dentário mineralizado que cobre
as raízes anatômicas dos dentes humanos. Começa na porção cervical do
dente, na junção cemento-esmalte, e se continua até o ápice. O cemento fornece
um meio para a inserção das fibras colágenas, que ligam o dente às estruturas
circundantes. É um tecido conjuntivo, especializado, que tem em comum algumas
características físicas, químicas e estruturais com o osso compacto. Ao
contrário do osso, entretanto, o cemento humano é avascular.
A dureza do cemento
completamente mineralizado é menor do que a da dentina. O cemento tem uma cor amarelo-clara,
e pode ser distinguido do esmalte por sua falta de brilho e seu tom mais
escuro. O cemento é ligeiramente mais claro do que a dentina. A diferença na
cor, entretanto, é pouca, e sob condições clínicas não é possível distinguir o
cemento da dentina, baseado somente na cor. Sob condições experimentais, o
cemento tem sido mostrado como sendo permeável a uma variedade de materiais.
Baseado no seu peso seco, o
cemento de dentes permanentes completamente formados contém cerca de 45 a 50% de substâncias
inorgânicas e 50 a 55% de material orgânico e água.
A porção inorgânica
consiste principalmente de cálcio e fosfato na forma de hidroxiapatita.
Numerosos traços de elementos são encontrados no cemento em quantidades
variáveis. É interessante notar que o
cemento, de todos os tecidos mineralizados, tem o mais alto conteúdo em
fluoretos.
A porção orgânica do
cemento consiste principalmente de colágeno e proteínas conjugadas a
polissacarídeos. Analises dos aminoácidos do colágeno obtido de cemento de
dentes humanos indicam intimas semelhanças aos do colágeno da dentina e osso
alveolar. A natureza química das proteínas conjugadas aos polissacarídeos ou
substancia fundamental do cemento é virtualmente desconhecida.
Ao microscópio pode-se
distinguir dois tipos de cemento: um em que as células típicas – os cementócitos – estão incluídos dentro
de lacunas na matriz calcificada que é o denominado cemento celular; e outro
tipo em que os cementócitos não
estão incluídos na matriz calcificada do cemento, mas permanecem rente a ele
imersas no ligamento alvéolo-dentário e que é denominado cemento acelular.
O cemento
acelular pode cobrir a dentina radicular, desde a
junção cemento-esmalte até o ápice, mas está muitas vezes ausente sobre o terço
apical da raiz. Aqui o cemento pode ser inteiramente do tipo celular. O cemento é mais delgado na
junção cemento-esmalte (20 a 50 micra) e mais espesso perto do ápice (150 a 200
micra). O forâmen apical é circundado por cemento. Algumas vezes o cemento
se estende até a parede interna da dentina por uma curta distância, e assim é
formado um revestimento do canal radicular.
Funcionalmente, o cemento é importante por causa da fixação que dá ao dente no seu
alvéolo (o ligamento alvéolo-dentário possui fibras colágenas quwe se
inserem no cemento e no osso alveolar fixando a raiz no alvéolo), além
de permitir o aumento compensador da raiz pela perda de material dentário
durante o desgaste natural e, por último, contribui para que o dente possa
continuar a sua erupção oclusal mais ou menos uniforme.
A junção esmalte-cemento
Sendo recoberta pelo esmalte na coroa e pelo
cemento na raiz, a dentina pode, entretanto, ser observada ao nível do colo
dentário, na chamada junção cemento-esmalte onde os dois revestimentos
dentinários encontram-se, um revestindo o outro ou tocando-se apenas por suas
extremidades. Quando isto não
acontece, o esmalte e o cemento não entram em contato, ficando assim exposta a
dentina, dando ao dente grande sensibilidade ao nível do colo. Nestes casos,
menos freqüentes, a dentina entra em contato direto com o revestimetno
epitelial da gengiva que se insere ao colo dentário e que é conhecido,
clinicamente, como inserção epitelial.
Estas quatro possibilidades de junção cemento-esmalte estão representadas
na figura abaixo.
Na figura acima temos: E – esmalte; D – dentina; C
– cemento. Na figura 1 o esmalte e o
cemento se tocam topo a topo. Na figura 2
o esmalte recobre a dentina. Na figura 3
o cemento recobre a dentina. Na figura 4
o esmalte e o cemento deixam um espaço de dentina exposta que é causa de
extrema sensibilidade.
TECIDO ÓSSEO
A fim de facilitar a compreensão
dos tópicos que serão vistos adiante é de suma importância que agora nos
alonguemos um pouco para analisar algumas peculiaridades dos tecidos ósseos.
O tecido ósseo é um dos mais resistentes e
rígidos do corpo humano. Como tecido especializado em suportar pressões,
sucede à cartilagem, tanto na ontogênese como na filogênese. Constituinte
principal do esqueleto, serve de suporte para as partes moles e protege órgãos
vitais, como os contidos nas caixas craniana e torácica e no canal raquidiano.
Suporta os dentes, aloja e protege a
medula óssea, formadora das célulasdo sangue. Além dessas funções, proporciona
apoio aos músculos esqueléticos, transformando suas contrações em movimentos
úteis, e constitui um sistema de alavancas que amplia as forças geradas na contração muscular.
O tecido
ósseo é formado por células e um material intercelular calcificado, a matriz
óssea. As células são: 1. os osteócitos, que se situam em cavidades
ou lacunas no interior da matriz; 2. os osteoblastos, produtores
da parte orgânica da matriz; 3. os osteoclastos, células gigantes
multinucleadas, relacionadas com a reabsorção do tecido ósseo e que participam
dos processos de remodelação dos ossos.
Como não
existe difusão de substâncias através da matriz calcificada do osso, a nutrição
dos osteócitos depende de canalículos que existem na matriz. Esses
canalículos permitem a comunicação dos osteócitos com seus vizinhos, com as
superfícies externa e interna do osso e com os canais vasculares da matriz.
A presença
da matriz mineralizada torna o tecido ósseo difícil de ser cortado no micrótomo.
Por isso, técnicas especiais são utilizadas para seu estudo. Uma
das técnicas usadas, que não preserva as células mas permite um estudo
minucioso da matriz com suas lacunas e canalículos, consiste na obtenção de
fatias finas de tecido ósseo, preparadas por desgaste.
Todos os ossos são revestidos em suas superfícies externas e internas
por membranas conjuntivas, o periósteo e o endósteo, respectivamente.
CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO
Osteócitos
São as
células existentes no interior da matriz óssea, ocupando lacunas das quais partem
canalículos. Os osteócitos são células achatadas, com forma de amêndoa e
prolongamentos citoplasmáticos que, ao menos nos ossos recém-formados, ocupam
toda a extensão dos canalículos.
Os osteócitos são essenciais
para a manutenção da matriz mineralizada do osso e sua morte é seguida por
reabsorção da matriz. Estudos histoquímicos
recentes demonstraram que os osteócitos e os osteoblastos contêm fosfato de
cálcio unido a proteína ou glicoproteína. As
células do osso são, portanto, capazes de concentrar cálcio no seu citoplasma.
Osteoblastos
São as células que sintetizam
a parte orgânica (colágeno e proteoglicanas) da matriz óssea. Dispõem-se
sempre nas superfícies ósseas, lado a lado, num arranjo que lembra um epitélio
simples. Possuem prolongamentos citoplasmáticos que se prendem aos dos
osteoblastos vizinhos. Esses prolongamentos se tornam mais evidentes quando um
osteoblasto é envolvido pela
matriz, pois são responsáveis pela formação dos canalículos que se irradiam das
lacunas. Uma vez aprisionado pela matriz recém-sintetizada, o
osteoblasto passa a ser chamado de osteócito. A matriz se deposita ao redor do corpo da célula e de seus
prolongamentos, formando assim as lacunas e os canalículos, respectivamente.
A matriz
óssea adjacente aos osteoblastos ativos e que não está ainda calcificada recebe o nome de osteóide ou pré-osso.
Osteoclastos
São células
globosas, gigantes, móveis, contendo de seis a 50 núcleos ou mais, que aparecem
nas superfícies ósseas quando ocorre reabsorção
do tecido. Nos cortes histológicos, as áreas de reabsorção podem ser identificadas
pela presença de osteoclastos. Freqüentemente, os osteoclastos
situam-se em depressões da matriz, as lacunas
de Howship.
Há evidências de que eles
secretam uma colagenase que ataca a parte orgânica da matriz óssea. Além
disso, os osteoclastos englobam e solubilizam os cristais contendo cálcio, que
se destacam da matriz durante a reabsorção desta.
MATRIZ
A parte inorgânica representa
cerca de 50% do peso da matriz óssea. Os íons mais encontrados são o fosfato e o
cálcio. Há também bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato em pequenas
quantidades. O cálcio e o fósforo formam cristais que estudos de difração
de raios X mostraram ter a estrutura da hidroxiapatita,
com a seguinte composição: (Ca)10
(P04)6 (OH)2. Esses cristais se arranjam
ao longo das fibrilas colágenas e são envolvidos por substância fundamental
amorfa. Os íons da superfície do cristal de hidroxiapatita são hidratados,
existindo, portanto, uma camada de água e íons em volta do cristal. Essa camada
é denominada capa de hidratação. A capa de hidratação facilita a troca
de íons entre o cristal e o fluido intersticial.
A parte orgânica da matriz é formada por fibras colágenas (95%) e por
pequena quantidade de substância fundamental amorfa que contém
mucopolissacarídeos ácidos e neutros associados a proteínas, uma das quais é
conhecida como osteomucóide.
Em virtude
de sua riqueza em fibras colágenas, a matriz óssea descalcificada cora-se
pelos corantes seletivos do colágeno.
A associação de hidroxiapatita
com fibras colágenas é responsável pela dureza e resistência características
do tecido ósseo. Após a remoção do cálcio, os ossos mantêm sua forma intacta,
porém tornam-se tão flexíveis quanto os tendões. A destruição da parte
orgânica, que é principalmente colágeno, pode ser realizada por incineração e
também deixa o osso com sua forma intacta, porém tão quebradiço que dificilmente
pode ser manipulado sem se partir.
ENDÓSTEO E PERIÓSTEO
As superfícies internas e externas dos ossos são
recobertas por membranas conjuntivas, que formam o endósteo e o periósteo,
respectivamente. O revestimento das superfícies
ósseas é essencial para a manutenção do tecido, pois áreas de
reabsorção óssea aparecem nos locais que perderam o revestimento conjuntivo ou
a camada de osteoblastos. Por isso, nas cirurgias do osso dá-se uma atenção
especial ao endósteo e ao periósteo.
O periósteo é formado por tecido conjuntivo denso, muito fibroso em sua
parte externa e mais celular e vascular na porção interna, junto ao tecido
ósseo.
Algumas fibras colágenas do tecido ósseo são contínuas com as fibras do
periósteo e recebem o nome de fibras
de Sharpey. Essas fibras unem firmemente o periósteo ao tecido
ósseo.
As células do periósteo transformam-se muito facilmente em osteoblastos
e têm importante papel no crescimento
dos ossos e na reparação das fraturas.
O endósteo é semelhante ao periósteo, sendo muito mais delgado. Nele não se distinguem as duas camadas que
geralmente são identificáveis no periósteo.
No tecido
conjuntivo do periósteo e endósteo existem vasos sangüíneos, que se ramificam
e penetram nos ossos, através de canais encontrados na matriz óssea.
As principais funções do periósteo e do endósteo são nutrir o
tecido ósseo, pois dos seus vasos partem ramos que penetram nos ossos pelos
denominados canais de Volkmann, e servir de fonte de osteoblastos para o
crescimento e reparação dos ossos.
VARIEDADES
Observando-se a olho desarmado a superfície de um
osso serrado, verifica-se que ele é formado por partes sem cavidades visíveis,
o osso compacto, e por partes com muitas cavidades
intercomunicantes, o osso esponjoso. Essa
classificação é macroscópica e não histológica, pois o tecido compacto e os
tabiques que separam as cavidades do esponjoso têm a mesma estrutura
histológica básica.
Nos ossos longos, as extremidades ou epífises
(letra B, na figura ao lado) são formadas por osso esponjoso com uma
delgada camada superficial compacta. A diáfise (parte cilíndrica, letra A) é quase
totalmente compacta, com pequena quantidade de osso esponjoso na sua parte
profunda, delimitando o canal medular.
As cavidades do osso esponjoso e
o canal medular da diáfise dos ossos longos são ocupados pela medula óssea, da qual há duas variedades. A medula
óssea vermelha ou hematógena, que é formadora do sangue, e a medula
amarela, constituída por tecido adiposo.
Histologicamente há dois tipos de tecido ósseo: 1. o imaturo ou primário
e 2. o maduro, secundário ou lamelar. Os dois tipos possuem
as mesmas células e os mesmos constituintes da matriz, porém, enquanto no
tecido ósseo primário as fibras colágenas formam conjuntos dispostos
irregularmente, no tecido ósseo secundário ou lamelar
essas fibras se organizam de lamelas que adquirem uma disposição muito
peculiar.
Tecido ósseo primário
Em cada peça óssea é o primeira tecido ósseo a ser formado, sendo substituído
gradativamente por tecido ósseo secundário. No adulto é muito pouco freqüente,
persistindo apenas próximo às suturas dos ossos do crânio, nos alvéolos dentários e em alguns pontos
de inserção de tendões.
Tecido ósseo
secundário
É o tipo geralmente encontrado no adulto.
É o tipo geralmente encontrado no adulto.
Apresenta-se
formado pelos mesmos componentes do tecido primário. Sua principal característica
é possuir fibras colágenas organizadas em lamelas de 3 a 7 micrômetros
(1 micrômetro equivale a um milésimo de milímetro) de espessura, que, ou ficam
paralelas umas às outras, ou se dispõem em camadas concêntricas em torno de
canais com vasos, formando os sistemas
de Havers. (na figura da direita a seta
vermelha
aponta para
o centro dossistema de harvers conforme visto ao microscópio e a seta azul para
as lacunas onde ficam os osteócitos). As lacunas com os osteócitos estão em
geral situadas entre as lamelas ósseas (A figura da esquerda mostra o sistema
de harvers e dois osteócitos e, à esquerda da imagem, dois osteócitos com seus
prolongamentos citoplasmáticos em posição típica no osso; perceba que nas
lamelas contíguas as fibras colágenas são cortadas segundo diferentes
incidências. Os canalículos estabelecem ligação entre as lacunas e entre essas
e o canal de harcers), porém algumas vezes estão dentro delas. Em cada lamela,
as fibras colágenas são paralelas umas às outras. Separando grupos de lamelas,
ocorre freqüentemente um acúmulo de proteoglicanas (proteínas +
mucopolissacarídeos), que recebe o nome de substância
cimentante (ou cimento).
Na diáfise
dos ossos, as lamelas ósseas se organizam num arranjo típico, constituindo os sistemas de Havers, os circunferenciais
interno e externo e os intermediários). Estes quatro
sistemas são facilmente identificáveis nos cortes transversais à diáfise. O
tecido ósseo secundário, que contém sistemas de Havers, é freqüentemente
chamado de tecido ósseo haversiano, sendo característico da diáfise dos ossos
longos, embora sistemas de Havers pequenos sejam encontrados, esporadicamente,
no osso compacto de outros locais como, por exemplo, nos ossos de sutentação dos dentes.
Cada sistema de Havers é
constituído por um cilindro longo, às vezes bifurcado, paralelo à diáfise e
formado por quatro a 20 lamelas ósseas concêntricas. No centro
desse cilindro ósseo existe um canal, o canal
de Havers, que contém vasos, nervos e tecido conjuntivo frouxo.
Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a
superfície externa do osso, por meio de canais transversais ou oblí" quos,
os canais de Volkmann.
Estes se distinguem dos de Havers por não apresentarem lamelas ósseas
concêntricas. Os canais de Volkmann atravessam as lamelas ósseas. Todos os
canais vasculares existentes no tecido ósseo aparecem quando a matriz óssea se
forma ao redor dos vasos preexistentes.
Numa mesma
lamela, as fibrilas são paralelas umas às outras e seguem um curso em hélice.
Mas o passo da hélice varia de uma lamela para outra, de tal modo que, em
qualquer ponto considerado, as fibrilas das lamelas adjacentes se cruzam em
ângulo de quase 90° (parte superior esquerda da figura acima). Portanto, um
corte transversal, em qualquer altura do sistema de Havers, apanha as fibras
colágenas de uma lamela em corte transversal e as da lamela seguinte em corte
oblíquo, quase longitudinal.
O diâmetro
dos canais de Havers é muito variável. Como cada sistema é construído por
deposição sucessiva de lamelas ósseas a partir da periferia, os sistemas em
formação têm canais mais largos. Estudos com raios X (historradiografia)
revelam que os sistemas de Havers mais jovens, com canais amplos, são os menos
calcificados. Mesmo no osso adulto, ocorre contínua destruição de alguns
sistemas de Havers e reconstrução de novos, de modo que é comum encontrarmos
nesse osso sistemas com apenas algumas lamelas e canal central de grande diâmetro.
Os sistemas circunferenciais interno e externo,
como seus nomes indicam, são constituídos por lamelas ósseas paralelas entre
si, formando duas faixas: uma situada na parte interna do osso, em volta do
canal medular, a outra na parte mais externa, próxima ao periósteo (figura
acima). O sistema circunferencial externo é mais desenvolvido do que o interno.
ASPECTOS ANATÔMICOS DA MANDÍBULA
Tanto os
maxilares quanto a mandíbula saõ ossos que sistentam o alvéolo dentário e, por
conseguinte, os dentes. Neste tópico faremos uma apresentação somente da
mandíbula para não nos tornarmos excessivamente prolixos, já que os fatos de
interesse neste artigo apontados para a mandíbula apresentam-se também,
analogamente, nos maxilares.
Nos vertebrados, a mandíbula é o
componente móvel (se movimenta nos três planos: sagital, frontal e transversal) do crânio que forma a parte inferior da cabeça. Por vezes, usa-se erradamente a
palavra maxila (por exemplo, maxila inferior, nos mamíferos) para designar a mandíbula.
Sua forma é
semelhante a uma ferradura horizontal com abertura posterior (corpo), de cujas extremidades livres
saem dois prolongamentos (ramos).
O ramo da mandíbula é uma das estruturas que compõe a mandíbula. Tem forma retangular e é mais alto do que largo, com obliqüidade póstero-lateral mais evidente do que a do corpo da mandíbula. O corpo é a parte que contém os alvéolos. Cada lado do corpo contém, da extremidade anterior à posterior, oito alvéolos para a inserção dos dentes, respectivamente: dois alvéolos para o engaste dos incisivos; um alvéolo canino, bastante profundo; dois alvéolos pré-molares e dois ou três molares,dependendo da formação ou não do terceiro molar ou dente siso. Estes números referem-se à boca do homem, nos restantes grupos de mamíferos, os números variam, tendo evoluído de acordo com o tipo de alimentação.
O Canal da mandíbula é uma estrutura que
nasce no forame mandibluar (a
palavra “forâmem” quer dizer ‘buraco’, ‘orifício’), situado na face medial do
ramo 9figura ao lado), e atravessa o corpo do osso com obliqüidade
ântero-inferior, até a região dos dentes pré-molars; aí se bifurca:
uma de suas bifurcações termina no forame mentoniano (imagem acima); e a outra se ramifica na região anterior (dentes caninos e incisivos), com difícil identificação anatômica.
O ramo da mandíbula é uma das estruturas que compõe a mandíbula. Tem forma retangular e é mais alto do que largo, com obliqüidade póstero-lateral mais evidente do que a do corpo da mandíbula. O corpo é a parte que contém os alvéolos. Cada lado do corpo contém, da extremidade anterior à posterior, oito alvéolos para a inserção dos dentes, respectivamente: dois alvéolos para o engaste dos incisivos; um alvéolo canino, bastante profundo; dois alvéolos pré-molares e dois ou três molares,dependendo da formação ou não do terceiro molar ou dente siso. Estes números referem-se à boca do homem, nos restantes grupos de mamíferos, os números variam, tendo evoluído de acordo com o tipo de alimentação.
uma de suas bifurcações termina no forame mentoniano (imagem acima); e a outra se ramifica na região anterior (dentes caninos e incisivos), com difícil identificação anatômica.
Uma delgada lâmina
de tecido compacto é o limite do canal, cuja parede superior é perfurado por numerosos forames destinados aos vasos
e nervos para os dentes posteriores.
A figura ao
lado mostra a trajetória do nervo
alveolar inferior (seta vermelha)
em seu trajeto desde um pouco antes de adentrar, pelo forâmem mandibular, no
canal mandibular, até sua bifurcação na altura do forâmem mentoniano (seta azul).
Note que o
desenho mostra os ramos emitidos do nervo alveolar que atravessam o teto do
canal mandibular e vão inervar os dentes molares e pré-molares – a figura coloca em destaque a ramificação
que vai inervar a polpa do segundo molar.
A figura ao lado mostra a radiografia panorâmica em dois tamanhos: no maior aumento (a de cima) pode-se notar o trajeto do canal mandibular apontada pelas setas vermelhas; na imagem em menor aumento (a de baixo) vemos o trajeto do canal mandibular destacado por linhas vermelhas.
A figura ao lado mostra a radiografia panorâmica em dois tamanhos: no maior aumento (a de cima) pode-se notar o trajeto do canal mandibular apontada pelas setas vermelhas; na imagem em menor aumento (a de baixo) vemos o trajeto do canal mandibular destacado por linhas vermelhas.
Uma conclusão já podemos tirar: o
dente, o cemento, o osso de sustentação e o ligamento periodontal estão em tal
grau de dependência entre si que a falta de um elemento acarreta no desaparecimento
dos restantes. O equilíbrio é tão perfeito, que na ausência de um dente
perdido por extração, as outras estruturas - ligamento periodontal e osso
alveolar - também desaparecem. Depois de algum tempo de realizada a extração,
urna radiografia do local mostrará o desaparecimento completo da loja alveolar
havendo aí apenas osso semelhante ao da região.
O processo alveolar é constituído pelo osso alveolar e pelo osso de suporte da maxila ou da mandíbula.
O osso alveolar (também dito lâmina dura pelo aspecto radiográfico) corresponde à superfície interna da loja alveolar onde se localizam as raízes dentárias. O osso de suporte, notadamente nas regiões posteriores, é constituído por uma cortical externa, que à semelhança do osso alveolar, reveste uma zona óssea compacta que se continua com uma zona óssea esponjosa e central.
A junção entre a cortical do osso de suporte e o osso alveolar corresponde à região denominada crista alveolar. Na figura ao lado vemos as cristas alveiolares (setas vermelhas) e os septos intralveolares (setas azuis).
O processo alveolar é constituído pelo osso alveolar e pelo osso de suporte da maxila ou da mandíbula.
O osso alveolar (também dito lâmina dura pelo aspecto radiográfico) corresponde à superfície interna da loja alveolar onde se localizam as raízes dentárias. O osso de suporte, notadamente nas regiões posteriores, é constituído por uma cortical externa, que à semelhança do osso alveolar, reveste uma zona óssea compacta que se continua com uma zona óssea esponjosa e central.
A junção entre a cortical do osso de suporte e o osso alveolar corresponde à região denominada crista alveolar. Na figura ao lado vemos as cristas alveiolares (setas vermelhas) e os septos intralveolares (setas azuis).
Apenas na cortical do osso de suporte o processo
alveolar está revestido por periósteo que
apresenta, tanto em jovens quanto em adultos, duas regiões distintas: a mais
externa (distante do osso) é dita região fibrosa por ser mais rica em fibras
colágenas. A mais interna é chamada zona osteogênica por ser mais rica em
células potencialmente osteoblásticas. O periósteo é, portanto, estrutura
importante no crescimento da cortical óssea. Nos indivíduos senis o periósteo
perde sua zona osteogênica permanecendo, portanto, apenas com sua região
fibrosa.
O osso alveolar (lâmina dura), à semelhança de qualquer outro osso do organismo, é
variedade mineralizada do tecido conjuntivo, constituído por substância
mineral (fosfato de cálcio sob a forma de cristais de hidroxiapatita), células
(osteoblastos, osteócitos, osteoclastos) e substância intercelular (fibras
colágenas e glicosaminoglicanos).
O osso
alveolar é constituído por lamelas ósseas paralelas entre
si e à superfície radicular e
recebe a inserção perpendicular das fibras do ligamento periodontal
(fibras de Sharpey) à semelhança do
cemento. Devido a esta inserção de fibras o osso alveolar também é
denominado de fasciculado.
O osso alveolar
é perfurado por inúmeras aberturas que dão passagem aos ramos do nervo
interalveolar e vasos sangüíneos e linfáticos que tem como destino o ligamento
periodontal (a figura ao lado mostra um alvéolo em corte longitudinal –c: osso
compacto; e: osso esponjoso). Devido a essas
perfurações o osso alveolar também é conhecido como lâmina crivada.
O processo
alveolar sofre constantes modificações em sua estrutura e pode, assim, ser
considerado um tecido altamente plástico. Essas modificações são evidentes
especialmente durante a erupção, exfoliação da dentição decídua (primária) e
perda final dos dentes permanentes; claro está que se faz presente, em menor
grau, também com a abrasão e migração mesial. Os processos alternados de
osteogênese e osteoclasia são intermitentes, havendo períodos de repouso entre
eles.
Na figura
acima o processo alveiolar em corte
transversal: A: osso compacto, B: osso esponjoso; C: osso alveolar; D:
ligamento alvéolo-dentário.
Osso
alveolar, ligamento periodontal e cemento constituem o denominado periodonto de inserção e funcionam
como uma unidade biológica.
Na figura acima temos: G – grupo
gengival; T – feixes transeptais; C – feixes da crista alveolar; H – horizontais; O – oblíquas; A –
apicais e em B – espaço apical de
Black.
Os grupos I e II incluem as chamadas fibras livres: ou ligamento. Para
Orban (que escreveu “Histologia e Embriologia Oral”), existiria, no agrupamento
alveolar, um grupo de fibras a que se denominou inter-radiculares.
I) Feixe gengival: formado por fibras, partindo do colo dental, irradiam-se para o derma da
gengiva, entre cruzando-se com as fibras do cório gengival. Algumas destas
fibras confundem-se com o periósteo das faces vestibular e lingual da apófise
alveolar.
lI) Feixe transeptal: ou
interdental, tem suas fibras
correndo por sobre o septo alveolar em busca do colo do dente vizinho. Não
poucas destas fibras fixam-se na parte mais alta do contorno alveolar,
confundindo-se algumas com o periósteo do septo interal veolar.
Ambos os grupos de feixes assinalados exibem fibras, na sua maioria, com
disposição radiada e com características arquitetônicas semelhantes.
I1I) Feixe da crista alveolar:
fixa-se, este feixe de fibras, na parte mais alta dos septos interalveolares,
daí dirigindo-se ao dente.
IV) Feixe horizontal
V) Feixe obllquo
VI) Feixe apical
Estas três ordens de feixes constituem o principal
meio de união para o dente. As
fibras destes feixes, inserindo-se no cemento, cruzam o espaço alvéolo-dental para
se fixarem na parede alveolar, com implantação à maneira de fibras de Sharpey.
Estas fibras aderem mais ao cemento que
ao osso, por isso, após extrações, a raiz dental vem coberta por este
tecido conjuntivo.
As fibras inseridas
no cemento constituem feixes densos, porém ao se prenderem na parede alveolar
dissociam-se em leque, permitindo a passagem de vasos e nervos entre seus
grupos menores. A partir do cemento, as fibras podem assumir diversas direções,
horizontal, oblíqua ou tangencial, conferindo aos feixes IV, V
e VI suas respectivas
denominações. Note-se que, no último agrupamento, as fibras apicais fixam-se na
proximidade do forâmen apical e daí
dirigem-se ao osso alveolar, limitando um espaço conhecido pelo nome de espaço apical de Black ou coxim mucoso apical.
Os
diferentes feixes de fibras assinalados deixam, no seu entrelaçamento, espaços
ou lacunas, mais numerosas e maiores junto à parede alveolar, comunicando-se com
a esponjosa óssea. A maioria das tais lacunas é preenchida por vasos,
nervos e espaços linfáticos, que funcionam como verdadeiros freios hidráillicos
quando a peça dental tende a se aprofundar no alvéolo. Destas lacunas, a maior
é a do espaço apical, onde a ausencia
de fibras destina-se a permitir a livre entrada do feixe vásculo-nervoso do
alvéolo para a polpa, garantindo, por outro lado, proteção a esses elementos e
impedindo o choque do ápice contra o fundo do alvéolo.
Outro fato que deve ser assinalado com respeito a estes feixes de fibras é
a disposição arquitetônica particular que cada uma delas assume, e também os
feixes em conjunto, disposição que garante uma certa elasticidade e este tipo
de tecido fibroso, ainda que aí não exista fibra elástica.
De fato, as fibras dispõem-se nos seus feixes, formando espirais alongadas
ou como cordas, capazes de ceder às forças de pressão que agem sobre o dente,
porém retomando ao estado primitivo quando cessada a força atuante.
O importante deste sistema é a transformação que se opera nas forças:
a) Força de pressão mastigatória:
é transmitida como força de tração para as paredes alveolares.
b) Outros elementos do espaço
alvéolo-dental: ao lado do tecido conjuntivo diferenciado que
forma o ligamento alvéolo-dental, há que assinalar outras estruturas no espaço
entre a parede alveolar e o cemento da raiz, tais como: fibroblastos
típicos - encarregados da formação das fibras colágenas; osteoblastos,
cementoblastos
e osteoclastos,
com função na remodelação do tecido ósseo e cemento. O tecido ósseo adapta-se,
mediante contínuas aposiçoos e reabsorções às necessidades funcionais do
periodonto, ao passo que o cemento responde a estímulos diversos,
reabsorvendo-se ou apondo novas camadas às já existentes;
c) Restos epiteliais (Mallassez):
são formações epiteliais derivadas ou vestigiais do órgão adamantino
(estrura embriobária que forma o esmalte), que formam grupos ou ninhos esparsos
no seio do ligamento alvéolo dental. Para muitos autores, os cistos paradentais
e os tumores epiteliais (adamantinomas) têm origem nos restos epiteliais
mencionados.
Funções do desmodonto (ligamento
alvéolo-dentário)
O desmodonto, principalmente
por intermédio de sua parte intra-alveolar, de elevada complexidade no seu
conjunto, apresenta as seguintes funções primordiais: mecânica, biológica, formadora
e táctil ou sensitiva.
A função mecânica, talvez
a mais importante, subdivide-se em três, todas elas de elevado valor na
mecânica dentária:
1 - absorver parte das cargas transmitidas pelo dente durante o ato da
mastigação, limitando o discreto movimento que o dente realiza para o
interior do alvéolo, como se fosse um pistão em seu cilindro;
2 - transformar as forças de pressão exercidas sobre a parte coronária
do dente em forças de tração sobre o cemento e parede alveolar. Estas
forças são transmitidas assim para áreas mais amplas e daí para o trabeculado
especial do osso esponjoso das apófises alveolares e dos maxilares e
mandíbula, por intermédio das trajetórias ósseas. Graças a este conjunto, dente, desmodonto, osso esponjoso
e pilares do esqueleto facial, o
impacto mastigador, de razoável potência, será transportado à regiões mais
afastadas do aparelho dentário, perdendo-se na base do crânio, onde são
anuladas;
3 - sustentar o dente no seu alvéolo, dando-lhe maior estabilidade
mastigadora.
A função biológica está
representada pelas condições nutricionais desta região. A nutrição do dente
processa-se mediante os sistemas sangüíneo e linfático do desmodonto, e a
vitalidade dos órgãos dentários é mantida mesmo em dentes despolpados
(desvitalizados segundo alguns) enquanto permanecer íntegro o desmodonto. As
periodontopatias ou doenças que afetam o periodonto tendem a produzir lesões mais ou
menos graves no desmodonto, levando, em muitos casos, a extrusão do dente ou
comprometendo bastante a sua estabilidade no interior do alvéolo.
A função formadora corresponde
à propriedade do desmodonto de estimular a formação dos cementoblastos e osteoblastos,
que são os elementos essenciais na produção do cemento dentário e do osso
alveolar e, também de continuar a manter a integridade das fibras conjuntivas,
graças aos fibroblastos que formam as fibras do ligamento alvéolo-dentário.
A função sensitiva ou táctil é
altamente desenvolvida no desmodonto hígido. O mais leve toque na superfície
da coroa dentária e do colo é localizado imediatamente. Dentes despolpados por
avulsão da polpa e infecção do desmodonto perdem estas propriedades, porém,
quando o dente está despolpado, mas com o desmodonto íntegro, não perdem a sua
alta sensibilidade. Experiência fácil e elucidativa para demonstrar a função
sensorial do desmodonto, é a de colocar-se um relógio entre os dentes e tapar
os ouvidos; ouvir-se-á, nitidamente, o tic-tac do relógio.
Carneiro e
Moraes verificaram que no desmodonto a gênese do colágeno se efetua em ritmo
bastante acelerado, o que aqui importa mais do que em outras regiões do tecido
conjuntivo (tendões, ligamentos, gengiva). Os resultados autorradiográficos
demonstraram que o periodonto se
caracteriza por uma renovação constante do colágeno, o que explicaria a
alta sensibilidade desses tecidos nas perturbações metabólicas e nas
deficiências alimentares.
MUCOSA
Mucosa é um tipo de tecido epitelial de revestimento interno
das cavidades do corpo que têm contato com o
meio externo. O revestimento da cavidade bucal (ou oral) é um exemplo.
A mucosa oral consiste em três zonas:
1. A gengiva e o recobrimento
do palato duro, denominados mucosa mastigatória.
2. O dorso
da língua, recoberto por mucosa especializada.
3. A
membrana mucosa oral que recobre o restante da cavidade bucal.
A gengiva é a parte da mucosa oral que recobre os processos alveolares dos
maxilares e circunda o colo dos dentes.
Periodonto de Proteção
É a parte
da mucosa bucal que recobre os arcos alveolares, nos quais estão implantados os
dentes. Reveste os espaços interdentais,
protegendo os tecidos de sustentação contra a agressão do meio externo.
Didaticamente denominam-se periodonto de
sustentação (osso alveolar, ligamento e cemento), às estruturas vinculadas à articulação dento-alveolar; e
de periodonto de proteção à mucosa gengival.
GENGIVA
É a associação de tecidos (epitelial e conjuntivo) que circunda os
dentes; encontra-se aderida ao osso alveolar. A gengiva é limitada na sua superfície vestibular
(externa) de ambos maxilares pela junção mucogengival (seta azul da
figura) que a separa da mucosa alveolar.
É de cor rosa pálida, firme, resistente e
fortemente aderida ao periósteo subjacente, através de feixes de fibras
colágenas. A mucosa gengival consta de um epitélio pavimentoso escamoso
estratificado, com ou sem queratina. A queratinização da gengiva, no adulto, é
considerada uma adaptação funcional (queratina - do grego "kéras"
que significa 'chifre' - ou ceratina é uma proteína sintetizada por
muitos animais para formar diversas estruturas do corpo; trata-se de uma
estrutura mecanicamente resistente), tanto que não é encontrada no resto da
mucosa bucal exceto o palato duro.
No entanto, em condições normais,
é nítida a transição mucogengival, onde a gengiva apresenta-se em cor rosa
pálida e corrugada (na figura ao lado o ‘aspecto de casca de laranja’ =
"stipling", de toda gengiva sadia), a mucosa alveolar
adjacente é vermelha, lisa e brilhante.
A gengiva pode ser dividida topograficamente em: a) gengiva marginal ou livre, b) gengiva aderida ou inserida.
GENGIVA
MARGINAL OU LIVRE
Rodeia
os dentes como um colar, com cerca de 0,5 a 2mm de altura; em
corte vestíbulo lingual tem a forma triangular. Apresenta-se duas vertentes: vertente marginal, voltada para a
cavidade bucal e vertente dentária
voltada para o dente.
Estrutura
Vertente marginal: o epitélio pavimentoso
estratificado apresenta-se queratinizado ou paraqueratinizado. A lâmina própria
(conjuntivo subjacente) apresenta papilas conjuntivas pouco numerosas, baixas e
espessas; as fibras colágenas presentes formam feixes que se dirigem em várias
direções, que, no seu conjunto, formam o já visto grupamento gengival. As células do tecido conjuntivo presentes são
os fibroblastos em sua maioria,
podendo estar presentes mastócitos, linfócitos, macrófagos e plasmócitos
(células implicadas na defesa).
Vertente dentária
a) epitélio da parede do sulco
gengival: não apresenta queratinização e os espaços intercelulares são
amplos, promovendo alta permeabilidade a diferentes substâncias quer do sulco para o
tecido conjuntivo subjacente ou vice-versa. É freqüente neste epitélio
a presença de células sangüíneas infiltradas (neutrófilos). Não apresenta
papilas conjuntivas.
b) epitélio juncional: é
derivado do epitélio reduzido do esmalte (tecido embrionário). Ao irromper a
coroa dentária (fase pré-funcional da erupção dentária), os ameloblastos (células que sintetizam o esmalte) diminuem sua altura rapidamente
e, juntamente com os restantes componentes do órgão do esmalte forma o epitélio
juncional. É responsável pelo íntimo contato (aderência epitelial) com a
superfície dentária. Formado por algumas camadas de células (2 a 30 camadas),
apresenta espessura variável. Exceto na camada basal, as células são achatadas
e paralelas a superfície dental. As células em contato físico com o dente,
produzem uma lâmina basal semelhante àquela encontrada normalmente entre
epitélio e tecido conjuntivo de suporte. Também encontram-se hemidesmossomos
(corpúsculos de adesão celular) entre as células superficiais e lâmina basal,
sendo provavelmente responsáveis pela estabilidade da junção.
GENGIVA
ADERIDA OU INSERIDA
Esta
é firme, resistente e fortemente inserida ao periósteo do osso alveolar,
através de fibras colágenas. Também conhecida como mucosa mastigatória .
Vai
da gengiva marginal até a mucosa do soalho da boca (pelo lado lingual) e da
gengiva marginal até a união muco-gengival, pelo vestíbulo.
A
gengiva aderida mais larga é encontrada na região dos dentes anteriores e
decresce desde a área do canino em direção aos dentes posteriores.
Estrutura
Embora o grau de pontilhação e a
textura das fibras colágenas variem em diferentes indivíduos, há também
diferenças de acordo com a idade e sexo. Nas pessoas mais jovens, do sexo
feminino, o tecido conjuntivo tem sua textura mais fina do que nas do sexo
masculino. Entretanto, com o avanço da idade, os feixes de fibras colágenas
tornam-se mais grossos em ambos os sexos.
A
gengiva inserida aparece ligeiramente deprimida entre dentes adjacentes,
correspondendo a depressão sobre a apófise alveolar entre as eminências dos
alvéolos. Nestas depressões a gengiva inserida, muitas vezes forma pregas
verticais, pouco acentuadas, chamadas de sulcos interdentários ou pregas
interdentais.
ANATOMIA RADIOGRÁFICA
Agora o leitor poderá
facilmente visualizar as seguintes estruturas nas radiografias odontológicas
como a da figura ao lado:
1. Esmalte, 2. Dentina; 3. Câmara pulpar; 4. Canal radicular; 5. Osso alveolar (lâmina dura); 6. Ligamento e 7. Crista alveolar.
A cronologia de erupção dentária e
o reconhecimento dos dentes infantis pela idade e da idade pelos dentes.
o reconhecimento dos dentes infantis pela idade e da idade pelos dentes.
A erupção (nascimento) dos dentes
ocorre numa ordem bem definida e a seqüência em que cada grupo dentário começa
a nascer ocorre numa idade aproximadamente constante para cada grupo.
Para a dentição decídua (de leite) a seqüência é a mesma para ambas as
arcadas (tanto para os maxilares como para a mandíbula). É a seguinte: incisivos centrais >¨ incisivos laterais >¨ primeiro molar >¨ canino >¨ segundo molar.
Ao lado os incisivos centrais decíduos, os primeiros dentinhos a se despontarem na boquinha do bebê. Gracinha, né?
Ao lado os incisivos centrais decíduos, os primeiros dentinhos a se despontarem na boquinha do bebê. Gracinha, né?
Para a
dentição permanente a
seqüência de erupção já é um pouco diferente entre as arcadas a saber:
Mandíbula: 1º molares >¨ incisivos centrais >¨ incisivos laterais >¨ caninos >¨ 1º pré-molares >¨ 2º pré-molares >¨ 2º molares >¨ 3º molares.
Maxilares: 1º molares >¨ incisivos centrais >¨ incisivos laterais >¨ 1º pré-molares >¨ 2º pré-molares >¨ caninos >¨ 2º molares >¨ 3º molares.
Conhecendo-se a idade e a seqüência em
que ocorre a erupção de cada grupo fica fácil saber quais os dentes presentes
na boca de uma criança são de leite e quais são permanentes (e isso interessa,
em muito, também aos pais).
Por outro lado, sabendo-se quais os
dentes são de leite e quais são os permanentes (isso pode ser verificado
através de radiografias), fica fácil estimar a idade aproximada da criança.
As figuras a seguir ilustram bem esse
fato. Essas figuras permitem aos pais determinarem, em seus
filhos, quais são os dentes de leite e quais são os permanentes:
O
Repare, pela figura acima,
que, a criança ao nascer, já possui dentinhos com início da calcificação ainda
que nem tenham iniciado a erupção; e que os primeiros dentinhos de leite começam
a aparecer na boca do bebê aproximadamente aos seis meses de idade. Durante a
fase em que só tenham nascidos os dentes de leite temos a dentição decídua
(aproximadamente dos seis meses até os seis anos).
Aos seis anos começa irromper o primeiro molar permanente (por isso esse dente é denominado molar dos seis anos). Desta fase até que todos os decíduos tenham se esfoliado (caídos) temos a dentição mista (dos seis aos dez anos aproximadamente) e, a partir daí, dentição permanente.
Aos seis anos começa irromper o primeiro molar permanente (por isso esse dente é denominado molar dos seis anos). Desta fase até que todos os decíduos tenham se esfoliado (caídos) temos a dentição mista (dos seis aos dez anos aproximadamente) e, a partir daí, dentição permanente.
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