Lesões celulares reversíveis e irreversíveis
As células do nosso organismo devem ser mantidas em condições constantes e são capazes de lidar com exigências fisiológicas normais através da adaptação, mantendo um estado estável chamado homeostase. Se os limites da resposta de adaptação a um estímulo são excedidos, ou em determinadas circunstâncias quando a célula é esposta a estresse ou estímulos nocivos, ocorrem as alterações subcelulares e depois a lesão celular.
A lesão celular é até certo ponto, reversível, mas se o estímulo persistir, a célula chega a um ponto em que não há retorno, sofrendo lesão celular irresversível. Dessa forma, quando ocorre a lesão celular reversível a célula pode voltar ao normal caso o estímulo seja retirado ou cesse. Se o estímulo agressor for prolongado ou mais intenso, a lesão se torna irreversível e a célula, então, não tem mais como se recuperar.
Lesão celular irreversível: alterações do núcleo
Picnose: encolhimento do núcleo, que fica denso e condensado tornando-se hipercorado.
Cariorrexe: fragmentação do núcleo, a cromatina adquire uma distribuição irregular.
Cariólise: há dissolução da cromatina e perda da coloração do núcleo, o qual desaparece completamente
Apoptose: morte celular programada
A apoptose acontece quando a célula ativa um programa de suicídio controlado internamente, sendo um tipo de "autodestruição celular" que requer energia e síntese protéica para a sua execução. Na apoptose não ocorre extravasamento de material, a célula se fragmenta em corpos apoptóticos, que são eferocitados por células vizinhas.
Esse processo ocorre em várias funções normais, como a eliminação de células indesejaveis durante a embriogênese e em vários processos fisiológicos, e não está necessariamente ligada à lesão celular.
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