LIDOCAÍNA
(anestésico) (INJETÁVEL) (nome genérico) (substância
ativa)
Marca comercial
XYLOCAÍNA
(AstraZeneca))
Genérico
Não
Cloridrato
de lidocaína
Uso injetável
Cloridrato de lidocaína 1% sem vasoconstritor
XYLOCAÍNA
1%
Cloridrato de lidocaína 2% sem vasoconstritor
XYLOCAÍNA
1%
Cloridrato de lidocaína 2% com vasoconstritor
XYLOCAÍNA
2% com epinefrina
Cloridrato de lidocaína dental 2% sem vasoconstritor
XYLOCAÍNA
2%
Cloridrato de lidocaína dental 2% com vasoconstritor
XYLOCAÍNA
2% com epinefrina
Armazenagem antes de aberto
Temperatura
ambiente (15 – 30°C). Não congelar.
Proteção
à luz: sim, necessária.
O que é
Anestésico
local de ação intermediária
[anestésico tipo amida].
Para que serve
Anestesia
por infiltração dental; anestesia por bloqueio nervoso.
Como age
O
anestésico age bloqueando o impulso nervoso (a iniciação e a condução do
impulso). O anestésico local diminui a permeabilidade da membrana neuronal aos
íons sódio; a membrana fica estabilizada inibindo a propagação do impulso
nervoso. O anestésico local pode também causar estimulação e/ou depressão do
Sistema Nervoso Central. Pode haver excitabilidade ou depressão da condução
cardíaca e também vasodilatação periférica. As aminas simpatomiméticas
epinefrina (adrenalina), norepinefrina (noradrenalina) e levoarterenol (isômero
da noradrenalina): estes vasoconstritores agem sobre receptores
alfa-adrenérgicos existentes nos vasos da mucosa, diminuindo o fluxo de sangue
na área da injeção. Isto faz com que o anestésico permaneça mais tempo no local,
prolongando a sua ação e diminuindo a concentração de pico que o anestésico
alcançaria no sangue, diminuindo assim o risco de toxicidade sistêmica. O
vasoconstritor permite a utilização de menores concentrações do anestésico para
produzir o bloqueio da condução nervosa. Os vasoconstritores também ajudam a
diminuir o sangramento local. Por outro lado, os vasoconstritores (epinefrina,
norepinefrina, levoarterenol) podem causar estimulação do coração e
irritabilidade.
Anestesia por infiltração (lidocaína + epinefrina, norepinefrina ou levoarterenol)
Início da
ação
|
Duração
da ação
|
Metabolização
|
Inferior
a 2 minutos
|
60
minutos(polpa dentária) 2:30 horas(tecidos mais moles)
|
No
fígado
|
Bloqueio troncular
Início da
ação
|
Duração
da ação
|
Metabolização
|
Entre 2 e
4 minutos
|
90
minutos(polpa dentária) 3:30 horas(tecidos mais moles)
|
No
fígado
|
Como se usa
USO
INJETÁVEL - DOSES
•
doses
em termos de cloridrato de lidocaína.
•
como
regra para os anestésicos locais, tentar usar sempre a menor dose
possível.
•
aplicar
lentamente e com aspiração frequente para reduzir a possibilidade de injeção
intravascular.
•
não usar
o produto se houver alteração de cor ou precipitados.
•
sobras do
produto devem ser descartadas.
LIDOCAÍNA
ADULTOS
Bloqueio
nervoso: 20 a 100 mg (1 a 5 mL da solução a 2%).
LIMITE DE
DOSE PARA ADULTOS: não exceder 6,6 mg por kg de peso, ou 300 mg de cloridrato de
lidocaína por sessão dentária.
LIDOCAÍNA
+ EPINEFRINA ou LIDOCAÍNA + NOREPINEFRINA ou LIDOCAÍNA +
LEVOARTERENOL
ADULTOS:
anestesia por infiltração ou bloqueio nervoso: 20 a 100 mg (1 a 5 mL da solução
a 2 % de cloridrato de lidocaína, com epinefrina a 1:100.000 ou 1:50.000, ou com
norepinefrina a 1:50.000).
LIMITE DE
DOSE PARA ADULTOS: não
exceder 6,6 mg por kg de peso, ou 300 mg de cloridrato de lidocaína por sessão
dentária.
CRIANÇAS:
20
a 30 mg (1 a 5 mL da solução a 2% de cloridrato de lidocaína com epinefrina a 1:
100.000).
LIMITE DE
DOSE PARA CRIANÇAS: 4 a 5 mg
de cloridrato de lidocaína por kg de peso, ou 100 a 150 mg como dose
única.
Cuidados especiais
Risco na gravidez
Classe
B.
Amamentação
Não
se sabe se é eliminado no leite materno.
Atenção - dentistas
Aparelhos
e drogas para uma reanimação cardiorrespiratória devem estar ao alcance sempre
que um agente anestésico for utilizado.
Não usar o produto
Choque;
diminuição da condução cardíaca; hipersensibilidade ao produto ou a anestésicos
tipo amida; miastenia grave; em locais infectados ou inflamados.
Avaliar riscos x benefícios
Pelo
anestésico: doença cardíaca; diminuição da função do fígado; hipertireoidismo;
paciente debilitado.
Pelo
vasoconstritor: arritmia cardíaca; diabetes; distúrbio arterioesclerótico;
doença cardíaca; hipertensão; hipertireoidismo; idoso (maior risco de
toxicidade, dar preferência para anestésicos locais sem vasoconstritores);
insuficiência vascular cerebral.
Reações que podem ocorrer (sem incidência definda)
As
reações aos anestésicos locais odontológicos costumam não ser importantes e
estão muitas vezes ligadas à forma inadequada de administração (superdosagem;
administração acidental intravascular; absorção rápida). Alguns pacientes podem
apresentar reações psicogênicas aos anestésicos locais: suores; palidez
generalizada; palpitações; hiperventilação e sensação de desmaio.
Reações devidas ao anestésico
SISTEMA
NERVOSO CENTRAL: calor; confusão mental; contração muscular; convulsão; euforia;
formigamento; frio; inconsciência; inquietação; nervosismo; parada respiratória;
sonolência; tontura; tremor; visão dupla; visão turva; vômitos. A sonolência é
geralmente um sinal precoce de níveis elevados da droga.
Mudanças
de comportamento como excitação, ansiedade, desorientação, tontura, visão turva,
tremores, depressão ou sonolência, devem alertar o dentista para a possibilidade
de toxicidade do sistema nervoso central.
CARDIOVASCULAR:
diminuição dos batimentos cardíacos; pressão baixa; parada cardíaca (em casos
extremos). Os sinais depressivos cardíacos podem resultar de uma reação
vasovagal, particularmente com o paciente sentado e mais raramente devido à ação
direta do medicamento. É importante reconhecer os sinais premonitores como suor,
sensação de desmaio, mudança no ritmo cardíaco. Pode-se evitar uma hipóxia
cerebral progressiva e ocorrência de ataque cardiovascular, colocando-se o
paciente reclinado e administrando-se oxigênio.
Reações devidas ao vasoconstritor
SISTEMA
NERVOSO CENTRAL: ansiedade; dor de cabeça; inquietação; nervosismo; tontura;
tremores.
CARDIOVASCULAR:
batimentos cardíacos rápidos e irregulares; dor no peito;
hipertensão.
Atenção com outros produtos
A
lidocaína:
•
pode
proporcionar efeitos aditivos depressores do sistema nervoso central com: outro
depressor do sistema nervoso central.
A
lidocaína + vasoconstritor:
•
pode
propiciar hipotensão grave e taquicardia se utilizado com: medicamento com ação
bloqueadora alfa-adrenérgica (droperidol; haloperidol; loxapina; fenotiazina;
tioxanteno; nitrato).
•
pode
provocar arritmias se utilizado com: anestésico geral halogenado.
•
pode ter
seus efeitos cardiovasculares potencializados (causando arritmias, taquicardia,
hipertensão grave, hipertermia) com: antidepressivo tricíclico; maprotilina;
IMAO (inibidor da monoamina oxidase).
•
pode
aumentar o risco de hipertensão, bradicardia (diminuição dos batimentos
cardíacos) e mesmo bloqueio cardíaco com: betabloqueador (inclusive
betabloqueador ocular).
•
pode
aumentar o risco de arritmias cardíacas se utilizado com: digitálico.
•
pode
causar estimulação excessiva do sistema nervoso central com: cocaína (local
mucosa).
Outras considerações importantes
•
o
paciente deve ser alertado que a anestesia (bloqueio troncular) diminui a
sensibilidade e por isso deve se prevenir de traumas na boca, língua e lábios.
Evitar a ingestão de alimentos até que a sensibilidade esteja
recuperada.
•
reduzir
as doses de lidocaína ou aumentar os intervalos entre doses em indivíduos com
doença hepática grave.
•
indivíduos
asmáticos podem ser mais sensíveis à presença de sulfitos nas preparações
anestésicas.
•
para
desinfetar o cartucho do anestésico usar álcool isopropílico 91% ou álcool
etílico 70%. Desinfetantes químicos que contêm ou liberam mercúrio, zinco, cobre
ou outro íon metálico não são recomendados porque podem provocar inchaços após a
anestesia local dentária.
Fonte: www.medicinanet.com.br
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