quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Biossegurança é o diferencial



O tema biossegurança está em evidência.
 
Não só a Aids e a tuberculose multirresistente, entre outras doenças emergentes, preocupam os órgãos internacionais de saúde.
 

 Organização Mundial de Saúde elegeu a Hepatite C
como a Doença do Terceiro Milênio e alerta para a real necessidade de prevenção. Assintomática em mais de 90% dos casos e de tratamento complexo e caro, a Hepatite C é de fácil transmissão em atividade de risco e não possui vacinas disponíveis até o momento

Procedimentos invasivos requerem protocolos e condutas específicas que garantam a proteção efetiva aos profissionais e clientes. Biossegurança é garantia de Saúde. Agregar esse diferencial à sua atividade traduz respeito e confiança!
 
 

Biossegurança é atualmente, preocupação mundial em todos os serviços de saúde de qualidade.
Podemos dizer que é o conjunto de medidas que visa o controle de infecção na clínica odontológica e tem como princípios básicos a prevenção de doenças - "infecção cruzada" e proteção biológica da equipe e paciente (conceito).

O protocolo de Biossegurança é viabilizado somente quando o profissional toma consciência de sua importância no contexto geral da saúde de seu paciente.

De acordo com as normas internacionais de controle de infecção, os procedimentos de Biossegurança devem começar no paciente.


Anamnese, item de relevante importância para a segurança do paciente e equipe odontológica.

Após essa fase inicial, onde já se tem em mãos a história pregressa da saúde do paciente, é estabelecido um plano específico de protocolo, que varia de um paciente para o outro, com por exemplo:

- Profilaxia antibiótica para casos de cardiopatas;

- Avaliação e liberação médica, bem como pedido de exames laboratoriais para casos de pacientes hipoglicêmicos, diabéticos e portadores de doenças do SNC;

- Uso de anestésicos apropriados para gestantes e hipertensos, etc.

Nessa fase, o profissional já se encontra a vontade para atuar clinicamente
pois sua equipe e paciente estão resguardados por tais medidas preventivas.
 
Central de esterilização - Objetivos e Finalidades
A central de e Esterilização é a unidade encarregada de expurgar, preparar, esterilizar, guardar e distribuir materiais estéreis ou não para todas as Unidades do Hospital que prestam cuidados aos pacientes. Esta unidade Hospitalar pode ser centralizada ou descentralizada.

A unidade centralizada oferece as vantagens de concentrar todo o material, estéril ou não, facilitando o controle de estoque, a padronização das técnicas de limpeza e preparo e de favorecer o controle do consumo e da qualidade do material e das técnicas de esterilização, aumentando assim a segurança em termos de qualidade.

A unidade descentralizada oferece a vantagem de diluir as atividades dentro das próprias unidades, mas dificulta o controle, propicia desvios de materiais e duplicação de equipamentos.
Principais finalidades da Central de Material e Esterilização : 
  • Concentrar material, esterilização ou não, tornando mais fácil seu controle, conservação e manutenção;
  • Padroniza técnicas de limpeza, preparo, empacotamento e esterilização, assegurando economia de pessoal, material e tempo;
  • Treinar pessoal para as atividades específicas do setor, conferindo-lhe maior produtividade;
  • Facilitar o controle do consumo, qualidade do material e das técnicas de esterilização, aumentando a segurança do uso;
  • Favorecer o ensino e o desenvolvimento de pesquisas;


Manter reserva de material, a fim de atender prontamente à necessidade de qualquer unidade do Hospital.
Além dessas finalidades a Central de Materiais e Esterilização deverá ter objetivo especifico de trabalho, sendo que podemos citar entre eles:
  • Distribuição de material esterilizado ou não
  • Padronização de técnicas:
  • De limpeza
  • De preparo
  • Empacotamento
  • Esterilização
  • Treinamento de pessoal específico para o setor
  • Responsabilizar-se pela qualidade do material
  • Manter reserva de material para o pronto atendimento das necessidades da Instituição.
Por esses objetivos específicos e por suas finalidades dentro da estrutura hospitalar compreendemos a importância vital desta Unidade dentro do contexto hospitalar, necessitando, portanto de investimentos, tanto na área material como principalmente na área de recursos humanos.
 

 

TABELA DE ORIENTAÇÕES DE
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
 
Profilaxia e Adequação ao Meio;
 
Bochecho no pré-atendimento clínico: diminui
   substancialmente o número de microorganismos
    patógenos;
 
Equipamentos e materiais necessários;



                            
Desinfecção
    
 

Escolha das embalagens para os diferentes Processos de Esterilização.

Uma vez realizado o processo correto de limpeza dos materiais e feita a inspeção manual e individual dos mesmos, visando detectar as falhas no processo de limpeza, inicia-se a outra etapa do trabalho na Central de Material e Esterilização que é o da seleção de embalagens de acordo com os artigos que serão submetidos aos diferentes processos de esterilização para a confecção correta dos pacotes.

As finalidades das embalagens são de:  
  • Permitir a esterilização do artigo
  • Assegurar a esterilidade dos artigos até o momento do uso
  • Favorecer a transferência do conteúdo com técnica asséptica.
Na escolha da embalagem leva-se em conta que a mesma deve permitir a passagem do agente esterilizante ao mesmo tempo em que protege o conteúdo de contaminação quando o pacote é retirado de dentro do esterilizador, servindo a embalagem de barreira mecânica, não devendo soltar fiapos nem liberar pós ou outros resíduos, comuns a determinados tipos de papéis e tecidos.
Na escolha da embalagem ideal temos que considerar algumas características próprias das mesmas, sendo que infelizmente no Brasil ainda não existe uma normalização sobre este assunto e por isso utilizamos a referência da AORN -Associação de Enfermagem de Sala Operatória, entidade reconhecida internacionalmente.
Segundo o Boletim da AORN, 1996 - Associação de Enfermeiras de Sala de Operação, os requisitos para seleção e uso de embalagens são:
  • Ser apropriadas para os materiais e métodos de esterilização
  • Proporcionar selagem adequada e ser resistente, sendo á prova de violação.
  • Proporcionar barreira microbiana
  • Ser compatível e resistir as condições físicas do processo de esterilização
  • Permitir adequada remoção do ar
  • Permitir penetração e remoção de agentes esterilizantes
  • Proteger o conteúdo do pacote de danos físicos
  • Resistir a gotículas de água, punções rasgos.
  • Ser livre de furos
  • Ser livre de ingredientes tóxicos como corantes, alvejantes e amido
  • Não liberar fibras ou partículas
  • Ser compatível com as dimensões, peso e configurações do artigo.
  • Apresentar custo beneficio positivo
  • Ser usada de acordo com as instruções escritas do fabricante

Os principais tipos de invólucros são:

  • Tecido de algodão cru, com trama de 56 fios por cm, levando-se em conta a trama e cujas características físicas e especificas estão contidas dentro da NBR -13917, Tabela 1 - Tecido 1 - para características especificas.Estes campos devem sempre ser usados duplos, e devemos testar o encolhimento dos mesmos e deverão ser previamente lavados para a retirada da goma residual.Sua confecção deverá seguir a NBR - 14028 - Confecção de campo duplo. A roupa cirúrgica e os campos não devem sofrer processos de calandragem na lavanderia, devendo ser lavados, centrifugados e secos na secadora. Não poderão também ter remendos ou cerzidos e terão que manter sua gramatura e barreira após múltiplos reprocessamentos.
Esse tipo de embalagem é recomendado somente para processos de esterilização pelo vapor saturado sob pressão, não sendo indicada para esterilização por óxido de etileno e vapor de formoldeido á baixa temperatura, pelo fato de reter resíduos destes gases em sua trama, nem poderá ser utilizada em esterilização por plasma de peróxido pois, o algodão é incompatível com este processo.

Embalagens de papel grau cirúrgico: as embalagens de papel grau cirúrgico deverão acatar a norma brasileira da ABT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 12.946, que estabelece os parâmetros de qualidade destas embalagens quanto à porosidade, resistência a tração e perfuração, pH, penetração do agente esterilizante e identificação da embalagem.Quando o uso destas embalagens solicitar do fabricante os índices de porosidade, que devem coincidir pelo preconizado na NBR 12.946, pois este índice é de extrema importância, pois se refere aos aspectos de manutenção da esterilidade (porosidade mínima) e processo de esterilização utilizando (porosidade máxima). Solicitar os índices de gramatura para o papel grau cirúrgico e o filme plástico, sendo que as normas internacionais -BS/6256/DIN 58953/1987 estabelecem o índice de 60gr/m para gramatura do papel e 54gr/m como gramatura mínima para o filme plástico laminado.Estas embalagens podem ser utilizadas para processos de esterilização por vapor saturado sob pressão, óxido de etileno e vapor de formoldeido à baixa temperatura, mas não poderá ser utilizada em processos de esterilização por plasma de peróxido, pela incompatibilidade de celulose com o peróxido de hidrogênio.  
  • Embalagens de não tecido - SMS
  • São embalagens feitas de polipropeno de 3 camadas, sendo que a junção das fibras é feita através de calandragem térmica, possuindo resistência e capacidade de filtração.Tem como principais características: a barreira microbiana, resistência, maleabilidade e repelência aos fluidos, facilitando a fase de preparo, esterilização e estocagem.Como a barreira microbiana deste tipo de embalagem é bem alta, em torno de 99 a 100% é uma embalagem muito segura, em especial para artigos que deverão permanecer estocados, em boas condições de armazenamento, por um tempo muito longo. As embalagens de SMS, pela sua maleabilidade e resistência atendem os requisitos exigidos pelos profissionais de saúde para a confecção dos pacotes, muito mais que os invólucros de tecido.Sua resistência evita rasgos e/ ou furos, permitindo que se faça um pacote seguro.AS embalagens de SMS são as únicas que podem ser utilizadas para todos os processos de esterilização utilizados normalmente pelas instituições de saúde; vapor saturado sob pressão, óxido de etileno, vapor de formoldeido à baixa temperatura e plasma de peróxido.
  • Embalagens de papel crepado - são embalagens feitas de celulose tratada - polpa virgem de madeira branqueada e resistente à temperatura de até 150°c por 1 hora, sendo eficiente como invólucro em processo de esterilização pelo vapor e por óxido de etileno, tendo alta eficiência de filtragem, sendo barreira efetiva contra penetração de microrganismos.Abarreira microbiana do papel crepado é em torno de 97%,o que é considerado também como muito boa embalagem no quesito de barreira.No entanto, as embalagens de papel crepado são menos resistentes que as embalagens de SMS podendo ser delaminadas quando se faz muita força no fechamento dos pacotes ou quando são utilizadas caixas metálicas que contem os chamados "cantos vivos" esse manuseia as mesmas com agressividade.
  • Caixas metálicas - Deverão ser feitas de liga de alumínio ou aço inox de paredes finas - 0,6 a 0,8 mm, sendo que quando utilizadas em processos de esterilização pelo vapor saturado sob pressão deverão ser totalmente perfuradas e embaladas em embalagem secundária.Caso seja feita a esterilização através do calor seco, as caixas não poderão conter mais do que 50instrumentais de pequeno tamanho (MOURA-1990).
  • Container rígido - são embalagens de alumínio anodizado, ou aço inoxidável, contendo válvula ou filtro de papel hidrófobo ou tela e que contem furos na tampa superior, sendo que tais embalagens só poderão ser utilizadas para esterilização pelo vapor saturado sob pressão, em autoclaves que contenham uma boa bomba de vácuo - ciclo pulsátil.
Fonte:
  • Descarpack e Biológica Conceito em Biossegurança
 
Cuidados com a Água e o Ar da clínica:
Não usar ventilador e utilizar água destilada.

Pré-lavagem e lavagem
Esterilização: Autoclave

Monitoramento físico, químico e biológico: Utilizar fitas adesivas, fitas
   impregnadas e encubadora. Datar todos envólucros.
 
Cuidados com o lixo e perfurocortante;

Recomendações quanto aos cuidados locais após acidentes com pérfuro-cortantes
•  Lavagem do local exposto com água e sabão nos casos de exposição percutânea ou cutânea.
•  Nas exposições de mucosas deve-se lavar exaustivamente com água ou solução salina fisiológica.
•  Não há evidência de que o uso de anti-sépticos ou a expressão do local do ferimento reduzam o risco de transmissão, entretanto o uso de anti-séptico não é contra-indicado.
•  Não devem ser realizados procedimentos que aumentem a área exposta, tais como cortes, injeções locais. A utilização de soluções irritantes (éter, glutaraldeído, hipoclorito de sódio) também está contra-indicada.
Existe um protocolo de atendimento ao acidentado com material perfurocortante, preconizado pelo ministério da saúde.
O profissional tem ser atendido pelo médico, o qual vai avaliar o grau de risco do acidente e verificar a necessidade da medicação preventiva para HIV, que tem ser tomada até duas horas após o acidente.
Segundo a literatura, após as duas horas não é possível garantir a eficácia da medicação. 
O profissional tem que coletar no dia do acidente exames para HIV e Hepatite B e coletar os mesmos exames para o paciente-fonte, caso seja fonte desconhecida, só o profissional faz os exames. Tomar a medicação nas duas primeiras horas após o acidente e coletar os exames 30 dias após o acidente, o acompanhamento e monitoramento dos exames durante 12 meses.
A orientação completa está no site do ministério da saúde.

Trabalho em Equipe - Chave do sucesso de todo e qualquer  trabalho.


 




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