O quinto e maior nervo craniano. O nervo trigêmeo é um nervo misto, composto de uma parte motora e sensitiva. A parte sensitiva, maior, forma os nervos oftálmico, mandibular e maxilar que transportam fibras aferentes sensitivas de estímulos internos e externos provenientes da pele, músculos e junturas da face e boca, e dentes. A maioria destas fibras se originam de células do gânglio trigeminal e projetam para o núcleo do trigêmeo no tronco encefálico. A parte motora, menor, nasce do núcleo motor do trigêmeo no tronco encefálico e inerva os músculos da mastigação.
O controle da dor em odontologia requer conhecimento abrangente do nervo trigêmeo. Ele é responsável pela maior parte da inervação sensitiva dos dentes, ossos e tecidos moles da cavidade oral. Ele tem três divisões: oftálmica, maxilar e mandibular.
Técnicas atraumáticas:
- Agulha afiada;
- Verificar o fluxo da solução (caso tenha ar na solução, este deve ser removido);
- Temperatura da solução;
- Posição do paciente (para que se afaste a mucosa e se observe as referências anatômicas);
- Secar o tecido;
- Antisséptico;
- Anestésico tópico;
- Conversar com o paciente;
- Apoio firme das mãos;
- Tencionar os tecidos;
- Deixar seringa fora da visão do paciente;
- Evitar tirar e colocar a agulha muitas vezes.
Agulha – não há necessidade de agulha longa para fazer bloqueio do nervo alveolar inferior. Quando faz a injeção, deve-se esperar um pouco para ver se a aspiração é negativa ou positiva.
Posição do paciente – mandíbula: plano oclusal do paciente paralelo ao plano horizontal. Maxila: plano oclusal do paciente formando um ângulo de 45º com o plano horizontal.
Infiltrativa (pequenas terminações nervosas na área do tratamento odontológico são infiltradas com a solução do anestésico local);
Bloqueio de campo (a solução do anestésico local é infiltrada próxima dos ramos terminais maiores, de forma que a área anestesiada será circunscrita, para evitar a passagem de impulsos do dente para o SNC.
Bloqueio de nervo (o anestésico local é depositado próximo a um tronco nervoso principal, usualmente distante do local da intervenção operatória).
- Bloqueio de campo – indicado para analgesia de um ou mais dentes ou área limitada da maxila.
Bloqueio do nervo infraorbitário: para bloquear o nervo infraorbitário a agulha é introduzida mais profundamente usando como referência uma linha traçada entre a pupila e canino ou a linha do pré-molar. O nervo infraorbitário corresponde aos nervos alveolar superior anterior e alveolar superior médio. Muitas vezes a anatomia da maxila dificulta, por isso é importante ficar palpando para sentir a anestesia.
Bloqueio do nervo maxilar (tuberosidade alta): boca entreaberta para sentir o processo coronóide e para que este não atrapalhe a agulha durante a introdução. Introduz a agulha na região do 2º molar, pois se for na região de 1º molar vai tocar no processo zigomático da maxila e o anestésico vai ser depositado muito superficialmente. Essa técnica serve para remover qualquer dente da maxila.
Técnica do nervo nasopalatino: é uma injeção que pode ser muito traumática, anestesia a porção anterior do palato duro desde a face medial do 1ºPM direito até a face medial do 1ºPM esquerdo. Há duas técnicas: a primeira consiste numa injeção única, onde o anestésico é depositado na papila incisiva, entre os dois incisivos centrais; já a segunda técnica consiste em duas injeções, onde anestesia por vestibular e também entre os dois incisivos centrais passando pela papila incisiva e, em seguida, complementa com a papila incisiva.
Técnica do nervo palatino maior: menos traumático que o bloqueio do nervo nasopalatino; anestesia a porção posterior do palato duro e seus tecidos moles subjacentes. A referência é entre o 2º e 3º molar, a 1cm da gengiva; não se deve anestesiar muito próximo do dente porque a gengiva é inserida e não tem espaço para o anestésico. Pode causar necrose no palato devido a vasoconstricção e quando usa uma grande quantidade de anestésico. A agulha deve ser inserida perpendicular ao osso, e deve ser usada agulha curta e também um contonete para fazer compressão e causar isquemia a fim de diminuir a sensibilidade da punção do paciente.
Técnicas de injeção mandibular – a mandíbula é um osso mais compacto, e deve-se ter noção do comprimento mandibular, altura, etc
Bloqueio do nervo alveolar inferior e lingual: serão anestesiado os nervos alveolar inferior, incisivo, lingual (gengiva lingual) e mentoniano; a referência é o ponto de maior curvatura do ramo mandibular (trígono retrodistal), linha obliqua externa. A referência de altura será dada pelo plano oclusal dos dentes (cerca de 1cm acima do plano oclusal). A referência em profundidade é dada colocando a agulha na altura dos pré-molares do lado oposto; deve-se traçar uma bissetriz entre metade do ramo mandibular e 1cm acima do plano oclusal, quando as linhas se unirem é onde vai injetar o anestésico. Para diminuir a possibilidade de erro o ideal é fazer movimentos para anterior e posterior e ir injetando o anestésico. Pode ser usada uma agulha curta, pois se usa a agulha longa pode chegar até a parótida e anestesiar nervo facial. A profundidade dessa anestesia é de cerca de 2 a 2,5cm e a punção é feita na prega pterigomandibular. Penetra a agulha até alcançar a face interna do ramo da mandíbula, quando toca afasta cerca de 2mm e injeta. Os sinais são formigamento do lábio inferior (indica anestesia do nervo mentoniano), formigamento ou dormência na língua (indica anestesia do nervo ligual).
Técnica do nervo bucal: o nervo bucal anestesia a gengiva vestibular, é feita mais por vestibular, usando a metade do polegar como referência de altura e vai em direção a metade do ramo da mandíbula.
O nervo mentoniano NÃO serve para exodontia, pois ele inerva APENAS mucosa, lábio e gengiva, só serve para remoção de dentes se penetrar no forame mentoniano, pois nesse caso anestesia também o nervo incisivo.
O ideal é que se coloque o primeiro tubete por inteiro.
O bloqueio do nervo lingual pode ser feito na anterior na região de cada dente.
Técnica de Alcinos: para pacientes com limitações de abertira de boca;
Técnica de Gow Gates: produz anestesia sensitiva em quase toda a extensão do nervo mandicular.
A causa mais comum de insucesso na anestesia são os erros de técnica.
não faz ideia do quanto me foi útil.
ResponderExcluirmuito abrigado e continue com o excelente trabalho.
É muito bom saber que ajudamos voce!!!
ExcluirSempre que precisar, estamos a disposiçao no que for possivel😊, agradeço por visitar o blog...Volte sempre! Bons estudos.