domingo, 13 de dezembro de 2015

REMOÇÃO DO MATERIAL OBTURADOR E PREPARO DO(S) CONDUTO(S)

A remoção do material obturador deve ser iniciado com pontas Rhein aquecidas até atingir o comprimento pré-estabelecido. Como nem sempre é possível com este instrumento retirar a quantidade desejada do material obturado, utiliza-se para esse fim as brocas de Peeso, Gates ou Largo de diâmetro apropriado ao do conduto, acoplado de um guia de penetração. Durante a utilização da broca, deve-se tomar muito cuidado em acompanhar a extensão do conduto, procurando sempre visualizar o material obturador, para não correr-se o risco de trepanar a raiz. Na presença de retenções acentuadas no interior do conduto (por exemplo, devido à remoção de pinos mal direcionados, abertura coronária incorreta ou cárie) pode ser àesaconse\háve\ remover toda a dentina necessária para sua eliminação para não enfraquecer a raiz; recomenda-se, nesses caso, o preenchimento da área retentiva com cimento ionomérico, previamenteà moldagem do conduto. O material obturador deve ser retirado até essa extensão, sempre considerando que um mínimo de 4mm de material obturador deve ser deixado no ápice do conduto para garantir um selamento efetivo nessa região. Para dentes multirradiculares com condutos paralelos, não é necessário que o preparo dos condutos apresente o mesmo comprimento. Somente o de maior diâmetro é levado à sua extensão máxima, como por exemplo aos 2 /3, e o outro apenas até a metade do comprimento total da raiz - coroa remanescente. Como os condutos são paralelos, pode-se ter o núcleo com os 2 pinos unidos pela base, que se comportam como dispositivos anti-rotacionais; assim não é necessário o alargamento e ovalamento dos condutos, buscando-se atingir o diâmetro mínimo (lmm) para que a liga metálica mantenha suas características de resistência, evitando assim desgaste desnecessário de dentina. Dentes como os pré-molares superiores, que podem apresentar divergência das raízes, devem ter seu conduto mais volumoso preparado na extensão convencional (2 /3) e o outro preparado parcialmente apenas com o objetivo de conferir estabilidade, funcionando como dispositivo anti-rotacional. Os dentes multirradiculares superiores com condutos divergentes e que apresentam remanescente coronário, prepara-se o conduto palatino até 2 /3 da sua extensão, e um dos vestibulares até sua metade (o mais volumoso deles) e o outro terá apenas parte de sua embocadura preparada, constituindo metade do núcleo que se encaixará na metade palatina através de sistemas de encaixes, como será mostrado posteriormente. Somente na ausência total de remanescentecoronário, deve-se preparar os 3 condutos divergentes. Consequentemente, o núcleo resultante deverá ser confeccionado em 3 partes distintas. Os molares inferiores geralmente apresentam sua raiz mesial com condutos paralelos ou ligeiramente divergentes e raramente exigem divisão do núcleo em mais que 2 segmentos, pois podem ser tornados paralelos através do preparo.

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